O desmatamento tem colocado em risco a sobrevivência de diversas espécies da fauna brasileira. Segundo dados da Organização Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), no país existem mais de 600 espécies de animais em extinção. Entre os principais biomas ameaçados estão os da Mata Atlântica, cerrado e da zona costeira e marítima.

Diante deste cenário preocupante, pesquisadores, entidades e organizações têm desenvolvido projetos de preservação de espécies em extinção, promovendo ações de conscientização e estratégias para combater as principais causas deste problema.

Tartaruga
Projeto Tamar. Foto: lau2m

Um dos mais conhecidos e bem-sucedidos projetos de conservação de espécies marinhas em risco, o Projeto Tamar, tem se dedicado à preservação de tartarugas marinhas e ecossistemas da costa brasileira, com atividades voltadas para a pesquisa aplicada, educação ambiental e desenvolvimento local sustentável. Após 30 anos de atividade, os resultados apresentados comprovam a eficiência da iniciativa. Quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção foram recuperadas: a cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea).

Um dos mais emblemáticos animais em extinção da fauna brasileira, a onça pintada, também tem sido foco de ações e projetos ambientais. Para evitar a extinção do maior felino do continente americano, foi criado o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Onça-Pintada, que inclui 25 áreas de proteção e desenvolve atividades para diminuir os impactos sobre a espécie. Outro projeto, o Onçafari, propõe a conservação deste animal através do ecoturismo, habituando-o a ser observado em seu habitat natural.

Onça
Foto: institutoanimalia

Outro projeto pioneiro no Brasil, criado pelo Zoológico de Brasília em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), tem como objetivo clonar espécies criticamente ameaçadas para evitar seu extermínio completo. Ainda em fase inicial, o projeto realizou a coleta de amostras de material genética das espécies com maior risco de extinção, entre elas o lobo-guará, a onça-pintada e o mico-leão-preto.