Arco do desmatamento da amazônia
Foto: Ministério do Meio Ambiente

A floresta Amazônica desempenha um papel imprescindível na manutenção de serviços ecológicos. Abriga mais da metade da biodiversidade mundial, representa um terço das florestas tropicais do globo, ajuda a manter o equilíbrio climático com o processo de evaporação e transpiração das árvores, funciona como grandes armazéns de carbono, etc. Entretanto, fatores como corte ilegal de árvores, queimadas, expansão de pastagem e aumento populacional trazem sérias consequências à floresta e a todos os seres humanos.

O desmatamento na Amazônia levou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) a monitorar a região desde 1988, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outras organizações, como o instituto Imazon, também atuam no mesmo sentido e atualizam os dados mensalmente.

As consequências dessa degradação na Amazônia podem levar a extinção de espécies de animais e vegetais, causa sério desequilíbrio no ecossistema, contribui com o aumento da poluição – oriunda, sobretudo, das queimadas – e acarreta erosão do solo, que passa a ficar desprotegidos com o corte de árvores.

Outro problema apontado no ano passado por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de pesquisa Ambiental Britânico, é uma redução das chuvas nos trópicos em regiões próximas à Amazônia, como Paraguai, Argentina, Uruguai e sul do Brasil. Estimativas desse estudo apontam que a destruição da floresta pode reduzir as chuvas na Amazônia em 21% até 2050, durante o período de seca.

Desmatamento na Amazônia
Foto: streetlife

Boa parte da energia solar é absorvida pela floresta para o processo de fotossíntese e evapotranspiração, processo combinado de evaporação da água do solo e transpiração dos vegetais. Com a degradação, as temperaturas locais e regionais tendem a subir, contribuindo com as mudanças climáticas.

O desmatamento provoca também a proliferação de pragas e doenças, desertificação, assoreamento de rios e lagos. Antropólogos chamam ainda a atenção para perda de conhecimento específico de populações indígenas e tradicionais que vivem na região há décadas e que contribuem diretamente com o desenvolvimento dos serviços ecológicos da Amazônia.