Os dados meteorológicos serão utilizados para revitalizar o solo árido da região, localizada no continente africano, tornando-o fértil para que a comunidade possa produzir alimentos

Cinco alunos brasileiros desenvolveram um projeto com a produção de uma Estação Meteorológica Automática (EMA), que está prevista para ser enviada para a Cidade da Fraternidade em 15 de fevereiro de 2020, na África.

O projeto intitulado “Estação Meteorológica Automática para Captação e Transmissão de Parâmetros Climáticos: Um Projeto Extensionista Internacional em Madagascar” será instalado na Cidade da Fraternidade, na província de Toliara, localizada ao sul da ilha de Madagascar, no continente africano. Todo o processo faz parte de uma parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras.

Com esta estação, será possível analisar a temperatura do ar, a umidade relativa do ar, a pressão atmosférica, a velocidade do vento, a precipitação, a sensação térmica, o índice de calor e temperatura do ponto de orvalho. Além disso, o equipamento fornecerá os dados via Internet, através do site “ThingSpeak”, ou através do aplicativo para “smartphone” que também foi desenvolvido pelos alunos.

Os alunos Andres Kuajara Ferraz de Camargo (10º Engenharia Elétrica), Caique Santos Lima (10º Engenharia Elétrica), Guilherme Turina Teodoro (6º Engenharia Elétrica), Raony Uzae Rosso (6º Engenharia Elétrica), Vinícius Muniz de Souza (6º Engenharia de Automação e Controle) são bolsistas do BIT-Sal, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica do UNISAL, e desenvolvem o projeto com suporte do professor orientador Marcelo Martins, docente dos cursos de Engenharia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL, unidade Americana.

Projeto contribuirá para a revitalização do solo

O grupo estabeleceu uma parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras e, a partir da necessidade da comunidade em Madagascar, o principal papel dos alunos passou a ser o desenvolvimento da EMA, para que fosse capaz de captar, armazenar e transmitir de forma autônoma, dados meteorológicos que serão utilizados no Projeto de Agrofloresta, que visa revitalizar o solo árido de Ambovombe, tornando-o fértil para que a comunidade possa produzir alimentos.

Da esquerda para a direita: Marcelo Martins professor orientador, Guilherme Turina Teodoro, Andrés Kuajara Ferraz de Camargo, Caique Santos Lima e Raony Uzae Rosso.

De acordo com os alunos, a sensação de superação está muito presente neste projeto, que foi permeado de grandes fatores de complexidade. Entretanto, a sensação de avançar e resolver as dificuldades, é de grande conquista.

“Uma vez instalada em Madagascar nós não teremos mais acesso para fazer correções ou reparos. Por isso, foi preciso pensar em um sistema robusto e confiável, além de leve e compacto para ser armazenado em uma mala de viagem, para chegar à ilha sem grandes dificuldades de transporte e manuseio”, explica Andres.

Para os alunos e o professor Marcelo, esse projeto tem apresentado a possibilidade de transformar os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula em aplicações práticas para apoiar causas sociais.

De acordo com o grupo, além de contribuir imensamente para a formação profissional e ética através do ensino de qualidade e responsabilidade social, o UNISAL, unidade Americana, colaborou financeiramente com a aquisição dos primeiros componentes, essenciais para dar início à montagem da Estação.

“É uma grande honra participar de um projeto que tem enorme potencial para ajudar comunidades em condições de vulnerabilidade social. Novas oportunidades estão se abrindo, e estamos com uma visão de que podemos alcançar muito mais ao empreender em tecnologias sociais com a nossa equipe. Temos muito a agradecer por tão nobre oportunidade”, finalizam.

Foto: Divulgação