Depositphotos O desperdício é causado, principalmente, por falhas nas tubulações e nos reservatórios das prestadoras responsáveis pelo abastecimento.

Em meio a uma das piores crises de abastecimento no Brasil, um levantamento realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) revelou que 37% de toda a água tratada no Brasil se perde antes de chegar ao consumidor. Os números de 2013 ficaram bastante próximos da média registrada no ano interior, que foi de 36,9%.

As causas do desperdício, apontadas pelo SNIS, são “vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões e reservatórios” das prestadoras responsáveis pelo abastecimento.

De acordo com o estudo, o ideal é que o índice fique abaixo de 20%. No relatório, o SNIS também ressalta a responsabilidade das empresas de abastecimento na melhoria da gestão, modernização dos sistemas e sustentabilidade do serviço.

Desperdício por região

As regiões Norte e Nordeste são as únicas com taxas de desperdício maior que a média nacional, 50,8% e 45% respectivamente. Depois vêm as regiões Sul (35,1%), Centro-Oeste (33,4%) e Sudeste (33,4%).

O levantamento também apontou as capitais brasileiras com índice abaixo da média nacional, são elas: Goiânia, Porto Alegre, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis, Palmas, São Paulo e Belo Horizonte. O pior índice de desperdício nas capitais é em Macapá, 73,6%.

Confira a taxa de desperdício em cada estado:

Região Norte

Acre: 55,9%
Amazonas: 47,0%
Amapá: 76,5%
Pará: 48,9%
Rondônia: 52,8%
Roraima: 59,7%
Tocantins: 34,3%

Região Nordeste

Alagoas: 46,1%
Bahia: 41,6%
Ceará: 36,5%
Maranhão: 37,8%
Paraíba: 36,2%
Pernambuco: 53,7%
Piauí: 51,8%
Rio Grande do Norte: 55,3%
Sergipe: 59,3%
Sudeste

Espírito Santo: 34,4%
Minas Gerais: 33,5%
Rio de Janeiro: 30,8%
São Paulo: 34,3%

Sul

Paraná: 33,4%
Rio Grande do Sul: 37,2%
Santa Catarina: 33,7%

Centro-Oeste

Distrito Federal: 27,3%
Goiás: 28,8%
Mato Grosso do Sul: 32,9%
Mato Grosso: 47,2%