Flickr A espécie está na lista vermelha das Nações Unidas, que reúne os animais ameaçados de extinção.

Segundo um estudo divulgado na revista “Biology Letters”, as mudanças climáticas são as principais responsáveis pela diminuição da população de diabos-da-Tasmânia, animal australiano que está entre espécies ameaçadas de extinção.

As quedas drásticas em sua população ocorreram há mais de 30 mil anos e coincidiram com grandes mudanças climáticas no planeta. A primeira redução significativa, há 20 mil anos, foi durante a última era do gelo. A segunda foi entre 3 mil e 4 mil anos, quando aumentou o índice do fenômeno de oscilação Sul, o El Niño, deixando  os solos áridos e diminuindo a disponibilidade de alimentos.

Para avaliar as variações no tamanho da população, a pesquisa analisou com métodos estatísticos os dados genéticos de 300 exemplares antigos e modernos de diabos-da-Tasmânia. De acordo com a bióloga Anna Bruniche-Olsen da Universidade da Tasmânia, a espécie deve sofrer ainda mais com os impactos climáticos futuros, que tende deixar a Austrália com um clima mais árido.

Atualmente os diabos-da-Tasmânia, que já povoaram todo o território continental australiano, estão concentrados na ilha de Tasmânia. A população remanescente sofre com tumores faciais e baixa diversidade genética. Devido a essas ameaças, este carnívoro está na lista da Austrália de animais em perigo de extinção e na lista vermelha das Nações Unidas, que considera que em um prazo de 25 a 35 a espécie pode desaparecer.