Reprodução / Facebook – Santuario de Elefantes Espaço será mantido com a ajuda de ongs internacionais.

Há seis anos, a ElephantVoices uma organização sem fins lucrativos, começou seu trabalho aqui no Brasil após identificar que muitos elefantes viviam em situação de risco em circos, zoológicos e propriedades rurais.

Foi pensando em buscar uma alternativa para acabar com esse problema que, em março deste ano, após uma campanha de fundos voluntários (crowdfunding), a ElephantVoices e a Global Sanctuary for Elephants se juntaram e decidiram criar um espaço para abrigar esses elefantes, batizado de Santuário de Elefantes do Brasil.
O local foi adquirido através de doações de organizações internacionais e é o sexto do mundo, abrangendo uma área de 1.100 hectares da Chapada dos Guimarães.

Inicialmente o custo mensal é estimado em até R$ 20 mil e todos os gastos do santuário serão mantidos por doações e organizações não governamentais internacionais.

Fêmeas vão inaugurar o santuário

A partir do mês de outubro, que o Santuário será abrigo das duas primeiras moradoras, Maia e Guida, duas elefantas da espécie asiática que foram regatadas de um circo na Bahia e que sofriam maus tratos. O espaço terá uma estrutura para receber até 50 elefantes provenientes de toda a América do Sul, porém no início a estrutura abrigará apenas seis.

“Os elefantes são animais extremamente inteligentes, que vivem em grandes clãs e têm sociedades organizadas. Alguns deles foram encontrados em situações críticas, é possível perceber, a olho nu, o abalo emocional por meio de movimentos repetitivos da cabeça e do corpo, e comportamento diferente dos elefantes que vivem na natureza”, comentou a presidente do Santuário e uma das idealizadoras do projeto, Junia Machado, em entrevista à Agência Brasil.

O objetivo do projeto é criar um refúgio para restaurar e manter a saúde e o bem-estar dos elefantes, estimulando-os fisicamente e lhes proporcionando um ambiente onde consigam expressar seus comportamentos naturais, se recuperar fisicamente e emocionalmente dos anos que ficaram em cativeiro.

Durante a primeira fase do santuário o local terá um centro de cuidados veterinários e piquetes para abrigar os elefantes, que serão separados por espécies e sexo.

Início das atividades

O santuário ainda está aguardando a liberação do licenciamento ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) para começar a funcionar. A coordenadora de Fauna da (Sema), Danny Morais, informou que haverá controle sanitário e assim que o animal chegar passará por uma quarentena, acompanhada por veterinários e especialistas.

O local não será aberto para visitação do público, porém ele será mais que um espaço para reabilitação dos elefantes. Junia declarou que, futuramente, o espaço será também um centro de visitantes, com dados sobre aspectos biológicos, físicos e comportamentais dos elefantes, fornecendo informações para pesquisas e estudos.

Para saber mais informações acesse o site do Santuário de Elefantes Brasil.