Reprodução / Facebook Goma de mascar retorna ao mercado em forma de botas e capinhas para celular.

Pequeno, mas chato e poluidor, o chiclete jogado no chão, colado embaixo de mesas e cadeiras ou em qualquer outro lugar, incomoda muita gente não apenas pela falta de higiene, mas também por causa da incivilidade das pessoas.

Para reverter o problema, a GumPoint, uma iniciativa nascida na Argentina, prevê a separação da goma de mascar para reutilizá-la como matéria-prima na produção de botas de borracha, chinelos, capinhas para celular, embalagens e muito mais.

Essa é a primeira ação desenvolvida na América Latina com o objetivo de transformar esse tipo de lixo em uma gama de novos polímeros para a produção de borracha. A ideia surgiu em uma escola de pós-graduação da Universidade de San Andrés. Os quatro alunos passaram três meses para transformar o projeto em algo interessante para os empresários, superando as fronteiras acadêmicas.

A fim de garantir a reciclabilidade, a goma de mascar terá um lugar especial de separação. Semelhante às caixas de correio, as chamadas Bins serão instaladas nas cidades em pontos estratégicos, permitindo a coleta seletiva da goma antes que elas possam chegar ao chão.

Para garantir um ciclo de vida totalmente sustentável, as próprias caixas são feitas de material reciclado. Para identificá-las mais facilmente, elas são pintadas de cor-de-rosa, típica de chiclete.

Processo de reciclagem

Quando a caixa estiver cheia, um serviço especializado recolherá o conteúdo e as gomas passarão por um processo de reciclagem. Essa transformação é igual ao de uma coleta seletiva comum e consiste em várias etapas que vão desde a coleta até o armazenamento, separação dos resíduos, limpeza e desinfecção, seleção e triagem, secagem, extrusão e calandragem.

Os primeiros produtos feitos com os chicletes reciclados deverão entrar no mercado no início de 2016.