Fonte: innovativoli.no O produto, criado por uma empresa suíça, remove os contaminantes da água, eliminando os riscos à saúde.

Tecnologias simples podem ter um grande impacto na vida das pessoas. É o caso do LifeStraw, um equipamento extremamente básico e de baixo custo que promete uma revolução na purificação da água.

Trata-se de um tubo de plástico, similar a um canudo, porém mais grosso, contendo filtros que tornam potável a água contaminada por microrganismos que provocam diarreia, cólera e febre tifoide, doenças que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), matam 2 milhões de pessoas por ano.

Batizado de LifeStraw (“Canudo da Vida”, em tradução livre), o produto foi desenvolvido por uma empresa suíça. Testes realizados na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, com uma amostra de água contendo as bactérias Escherichia coli, vírus MS2 colifago, e mais iodo e prata, indicaram que o LifeStraw filtrou todos os contaminantes a níveis em que não representam mais um risco à saúde de quem ingere a água.

Reprodução Todas as versões do produto funcionam sem a necessidade de energia elétrica.

A novidade, que será distribuída para ONGs e grupos de ajuda humanitária, já chegou ao Brasil. Uma empresa do Ceará, a ITMS, distribuiu o equipamento e fez uma doação a duas escolas, nas cidades de Caridade, a 100 quilômetros de Fortaleza, e Sobral, a 250 quilômetros da Capital.

O filtro também está disponível em versões maiores, apelidadas de LifeStraw Family e LifeStraw Community, capazes de purificar e armazenar até dois e 25 litros de água, respectivamente. De acordo com André Pinheiro, diretor comercial da ITMS, a filtragem da água é extremamente barata e muito rápida. “O custo fica em três centavos por litro de água filtrada”, explica.

Outra vantagem do produto é que ele não requer energia elétrica para funcionar. O processo de purificação se dá apenas pela força da gravidade e pela ação das membranas de polisulfona, que filtram partículas de até 0,02 micrômetros. Para se ter uma ideia, uma bactéria, normalmente, tem 0,50 micrômetros e um vírus algo próximo a 0,3 micrômetros. Desta forma, o filtro consegue remover 99,9% dos microrganismos.