Copa do Mundo 2014
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Com início programado para o dia 12 de junho de 2014 (data na qual o Brasil enfrentará a Croácia, em São Paulo), a Copa do Mundo está prestes a começar no País, entretanto, nos campos da sustentabilidade, o “chute inicial” já foi dado. Exemplo disso é que a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado, do francês) e o Comitê Organizador Local (COL) decidiram incluir diversas atividades ecologicamente corretas e de propósitos socioambientais na programação do evento esportivo.

No total, para que a Copa do Mundo seja realizada no Brasil, no portal de Transparência do Governo, estão previstas as execuções de 29 construções e obras de expansão ou manutenção de aeroportos, 90 ações para o desenvolvimento turístico, 45 projetos para mobilidade urbana e o levantamento de 12 estádios de futebol, investimentos que superam a marca de 22 bilhões de reais. Portanto, sediar o campeonato de âmbito mundial deixará um legado de bens e infraestruturas para o povo brasileiro, contudo, é preciso que tais empreendimentos sejam sustentáveis e não causem danos aos ecossistemas.

De acordo com a FIFA, muitos estádios brasileiros planejam obter a certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental, do inglês), que contempla as construções ecologicamente corretas, ao investirem na instalação de painéis solares e disponibilização de cursos de capacitação para funcionários e colaboradores. Além disso, contando com a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e estabeleceu metas e normas para o controle, manuseio e destinação de lixo, a federação futebolista e o COL se responsabilizaram pela gestão de resíduos nas arenas de jogos e outros locais relacionados à competição.

Copa do Mundo
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Para evitar a intensificação dos efeitos do aquecimento global e, consequentemente, a aceleração das mudanças climáticas, a FIFA realizou estudos para estimar a pegada de carbono da Copa do Mundo e estipular metas para reduzir o lançamento de substâncias tóxicas na atmosfera. O objetivo da organização é analisar os índices de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) durante os procedimentos de preparação, realização da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014, a fim de desenvolver medidas para mitigar as disseminações de poluentes.

A FIFA e o COL ainda produzirão um relatório de sustentabilidade seguindo as Diretrizes de Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade e o Suplemento do Setor de Organizadores da Global Reporting Iniciative (GRI).

Ao dar apoio para projetos de conservação da natureza durante a competição de visibilidade global, a entidade máxima do futebol pretende ampliar o engajamento de governos, sociedade, empresas e entidades para fazer com que continuem a aderir e elaborar mais medidas que protejam a natureza, assim como aumentem a qualidade de vida das comunidades.

Ultrapassando as questões ambientas e econômicas, algumas ações de responsabilidade social também serão integradas à competição gerenciada pela FIFA. A federação promoverá treinamento aos voluntários do evento, disponibilizando programas de ensino, divididos em módulos, no intuito de capacitar os colaboradores para futuras vagas de emprego.

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Através da iniciativa “Football for Hope”, a FIFA dará apoio às comunidades, compartilhando conhecimentos sobre boas práticas de sustentabilidade e destinando recursos para a sociedade. Além disso, serão realizados fóruns, no Brasil e exterior, nos quais participarão organizações comunitárias, oportunidades em que serão debatidas maneiras de utilizar o futebol como ferramenta de transformação social.

Embora somente uma equipe possa se sagrar campeã do mundo, o certame organizado pela FIFA aponta que, com o investimento em ações de baixo impacto ecológico e a realização de atividades de cunho socioambiental, o País e seus cidadãos certamente poderão ser considerados como vencedores da Copa de 2014.