iStockphoto.com / Dave Riganelli A mortalidade de filhotes criados em cativeiro chega a 65%.

Um dos maiores parques aquáticos do mundo, o SeaWorld, anunciou nesse mês que não vai mais explorar a baleia-branca para realizar os seus shows e espetáculos, deixando-as viver em seu habitat natural.

Também conhecida como beluga, de nome científico Delphinapterus leucas, a espécie é um cetáceo mamífero que habita as águas frias em torno do círculo polar ártico e vem sendo cada vez mais capturada para fazer espetáculos em parques aquáticos.

Coincidentemente ou não, a decisão foi anunciada por conta de uma avalanche de críticas ao parque depois do pronunciamento de Harry Styles, da banda One Direction, durante um show em San Diego – o cantor incentivou a todos a boicotarem a empresa.

A SeaWorld já havia sido duramente criticada no documentário Blackfish, lançado em 2013. Outro fato negativo que pode ter levado a essa decisão foi a morte de uma pequena beluga no Parque San Antonio. Ela tinha apenas três semanas de vida e, infelizmente, não foi a primeira e nem a última a passar por isso. A taxa de mortalidade no cativeiro entre os animais pequenos é de 65%, enquanto os exemplares encontrados na natureza podem viver até 60 anos de idade.

Antes da decisão, a companhia estava aguardando a aprovação do governo norte-americano para importar 18 belugas capturadas na Rússia. Mas na semana passada a companhia disse, por meio de comunicado, não estar mais disposta a recebê-las.

Ainda segundo o documento divulgado à imprensa, a SeaWorld afirmou que não recolhe baleias ou golfinhos do meio natural há décadas e no ano passado assinou o compromisso Virgin Unite indicando que não irá capturar cetáceos do seu meio natural.

O anúncio é considerado uma novidade, chocando ambientalistas e pesquisadores. Isso porque, além de sempre ter se colocado contra esse tipo de ação, a empresa normalmente não fala publicamente sobre quaisquer mudanças a serem implementadas por eles. Ao que parece, qualquer alteração poderia implicar na imaginem de o que faziam antes era errado.