Divulgação Espécies em extinção levam anos para chegar à fase de reprodução.

Ás árvores desempenham um papel muito importante para o meio ambiente, sendo essenciais para o equilíbrio do planeta, pois contribuem para melhorar o clima, reduzir a poluição do ar e sonora, entre tantos outros benefícios. A cada dia aumenta a degradação de diversas espécies de árvores, por conta de desmatamentos, incêndios florestais, aquecimento climático e a necessidade de terras agrícolas.

Esses problemas estão fazendo com que diferentes espécies de árvores desapareçam de forma alarmante, causando uma preocupação global. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) há diferentes estado de conservação para considerar uma espécie ameaçada de extinção como sendo vulnerável, rara e em perigo. Algumas árvores como pau-brasil, jequitibá, sapucaia estão nessa lista dentro das três classificações.

Por conta disso, um projeto está sendo no desenvolvido no Paraná, pela Universidade Positivo (UP) e a Embrapa, com um objetivo aumentar a obtenção de mudas ameaçadas. O bioprocesso está sendo realizado na Mata do Uru, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada no Município da Lapa 9 (PR), que possui cerca de 128 hectares.

Imbuia e Canela-Sassafrás: espécies ameaçadas

Divulgação Canela-Sassafrás

Duas novas árvores foram incluídas na lista de espécies ameaçadas no Brasil e no Paraná: a imbuia e canela-sassafrás e fatores como a intensa exploração e a extração das árvores adultas, principalmente entre as décadas de 40 e 70, fizeram com que isso acontecesse. Ambas as espécies são arbóreas, que caracterizam a formação da Floresta Ombrófila Mista. Elas atuam como componentes alimentares para a fauna e são provedoras de sombra para a vegetação de menor porte.

Essas árvores apresentam desenvolvimento muito lento, demorando anos para chegar à fase de reprodução. Segundo Larissa Amanda Bett, bióloga e aluna do Programa de Mestrado em Biotecnologia Industrial da UP, das sementes que germinam, poucas se desenvolvem até a fase adulta, e isso afeta ainda mais seu frágil estado de conservação. “O objetivo da pesquisa é desenvolver uma forma de ajudar essas sementes a germinarem e essas mudas a se desenvolverem com maior vigor e potencial de sobrevivência”, resumiu ela em release oficial.

Tanto a imbuia como a canela-sassafrás são de grande interesse comercial, por isso a pesquisa ajuda na conservação das espécies. Larissa disse que as mudas podem ser transferidas para locais que sofreram com o desmatamento e que estão em processo de revitalização, além de poderem ser utilizadas para paisagismo, atividades comerciais sustentáveis e para extração do seu óleo.

O corte dessas árvores é proibido por lei, mas a exploração ilegal da madeira ainda ocorre. O pesquisador da Embrapa Florestas, Celso Gracia Auer, avalia o estudo como uma importante iniciativa para projetos de Conservação da Natureza e enriquecimento das matas, pelo fato de estarem ameaçadas de extinção.