Devastação
Foto: descubraoverde.discoverybrasil

Combater a devastação de florestas e a prática de caça não autorizada já tem sido a tarefa de órgãos governamentais e outras instituições e agora chegar até estas ocorrências em tempo de evitá-las pode ficar mais fácil. Trata-se do Wildleaks, site que abriga denúncias anônimas sobre crimes contra fauna e flora.

A plataforma é um projeto liderado pela ONG Elephant Action League, da Califórnia, juntamente com outras ONGs internacionais da África do sul, inspirado no Wikileaks, site que publica informações sigilosas da diplomacia do governo de diversos países. O Wildleaks tem uma interface semelhante ao de sua inspiração, na qual os usuários podem informar os locais e os agentes dos crimes ambientais. O principal objetivo do site é identificar funcionários e criminosos que permitem a expansão do tráfico de macacos, aves, grandes felinos, elefantes e rinocerontes vítimas das atrocidades.

“Muitas vezes, esses crimes passam despercebidos porque as pessoas não falam sobre eles”, explica Andrea Crosta, diretor do projeto WildLeak e co-fundador da Elephant Action League.

O Wildleaks é supervisionado por um grupo de jornalistas investigativos, advogados e profissionais do setor que avaliam as informações recebidas. Dessa forma, após analisar minuciosamente os dados, a equipe vai em busca dos próximos passos para realizar as ações cabíveis.

Como funciona o Wildleaks

O site usa a plataforma Tor, a qual possibilita a navegação anônima na internet. Além disso, para garantir a segurança dos denunciantes, todos os dados são criptografados, ou seja, são codificados para serem reconhecidos somente pelo seu destinatário, no caso, o Wildleaks. “Trabalhamos muito para proteger as pessoas que enviam as informações, não só com um sistema de última geração, mas também gerenciando e aproveitando essas informações de forma adequada”, explica Crosta.

Solução para a prevenção dos crimes

Rinoceronte negro
Rinoceronte negro extinto.
Foto: joachim_s_mueller

De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), as cinco subespécies de rinocerontes negros já entraram em extinção. Além deles, 65% da população da espécie de elefantes-da-floresta já foram eliminadas pela presença da caça predatória ilegal.

Estas espécies, como as demais ao redor do planeta, já se encontram em situação crítica. Por isso, os organizadores esperam, com a ajuda das denúncias, aprofundar suas pesquisas e combater o problema antes que estes índices de risco de extinção aumentem.