Valoração ambiental
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Em uma sociedade capitalista é difícil mensurar algum tipo de patrimônio que não seja pelo seu valor monetário, até porque, no final das contas, os interesses na maioria das vezes são centralizados no dinheiro. Assim, em tempos de exaltação da ecologia, acaba sendo vantajoso calcular o valor de patrimônios naturais.

A valoração ambiental é exatamente isso, colocar um preço em ativos ambientais, às mudanças ocorridas neles e aos efeitos que estas alterações surtem no bem-estar do homem. Este procedimento pode ser feito de várias maneiras, entre as quais se destacam dois conceitos: a economia do meio ambiente e a economia ecológica.

A economia do meio ambiente se baseia no princípio de que o meio ambiente é um bem público e os efeitos ambientais são fruto de externalidades produzidas pela manutenção da economia. Já a economia ecológica aborda o problema como se a interação entre o ambiente e os processos econômicos acontecesse de maneira natural, já que a economia depende das características físicas do planeta para se desenvolver.

Deste modo, são fornecidos mais subsídios para a implantação de políticas públicas de conservação de recursos naturais. Os valores estimados ainda podem servir de base para a aplicação de taxas ou multas ambientais por danos ao patrimônio natural, se necessário. É aí que entra a maior contribuição ecológica desta prática, a valorização de recursos naturais. As chances de responsáveis por degradações ambientais não pagarem por seus atos diminuem, além de a multa cobrir o custo para a revitalização do local, assim pode-se alcançar uma sensível diminuição do impacto no meio ambiente.

Os locais que mais utilizam esta prática são justamente os biomas ou locais em que recursos naturais estão expostos a algum tipo degradação. Áreas turísticas que são visitadas por muitas pessoas, locais que abrigam recursos naturais como rios, florestas e tem como vizinhas indústrias, pastos agropecuários ou campos de plantações, são exemplos.

Área de proteção dos recursos hídricos
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