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Criado por Gunter Pauli, fundador da Zeri (Zero Emission Research and Initiatives), o termo economia azul é utilizado para designar todo o potencial de riqueza contido nos oceanos, já que uma vez bem administrados, geram oportunidade de emprego e negócios.

Dessa forma, esse modelo de economia é baseado no uso inteligente e aproveitamento total dos recursos naturais, inspirando-se na natureza e no ciclo de vida dos ecossistemas, sem gastar muitos recursos e garantindo a biodiversidade marinha.

Para entender melhor o processo de economia azul, é preciso saber que tudo começou quando Pauli juntou no seu livro “Blue Economy” cem ideias inovadoras que não só beneficiam o meio ambiente, como também satisfaz as necessidades básicas do ser humano, como o acesso à água, alimento, abrigo e empregos. Segundo o autor, caso as ideias fossem colocadas em prática poderiam gerar 100 milhões de empregos.

Assim, para garantir o equilíbrio e a biodiversidade marinha os defensores da economia azul afirmam que é preciso avaliar as consequências da queda dos recifes de coral, o aumento do nível dos oceanos, a erosão costeira e a poluição marinha. Outra preocupação é a pesca excessiva, além das ações prejudiciais aos ecossistemas e as comunidades de países-ilha.

Um exemplo de ideia que saiu do livro e ganhou prática é o projeto do engenheiro gaúcho Jorge Alberto Vieira Costa. Considerado um dos pioneiros na aplicação do conceito no país, Costa pesquisa as algas Spirulina para absorver o CO2 da queima do carvão, produzir proteínas que podem ser utilizadas para alimentação e, além disso, serem transformadas em biocombustíveis.

Por fim, vale lembrar que a economia azul é diferente da economia verde. Embora também defenda mudanças estruturais na economia e estruture-se na sustentabilidade social, econômica e ambiental, a economia verde requer mais gastos e investimentos do que a azul, dependendo mais da vontade política dos governos.

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