iStockphoto.com / studio023 Estudo aponta que este buraco já alcançou o dobro da dimensão do próprio continente.

O derretimento das geleiras polares é uma das imagens mais associadas quando falamos, pesquisamos e discutimos o aquecimento global. O motivo é simples, afinal, o aumento da temperatura em todo o mundo pode, sim, levar ao derretimento do gelo nos polos e o consequente aumento no nível do mar. Esta mudança climática provocada pela ação humana (através da emissão de gases causadores do efeito estufa) tem como foco a destruição da camada de ozônio que, por sua vez, funciona como um “escudo” do planeta contra os raios ultravioletas.

Os buracos na camada de ozônio, segundo relatório divulgado pela Agência Meteorológica do Japão (JMA), continuam sendo uma preocupação constante em áreas mais geladas do mundo, como na Antártida. O estudo da JMA apontou que o buraco da camada de ozônio, localizado sobre a Antártida, alcançou a assustadora dimensão do dobro do continente sulista, sendo o quarto maior já registrado em toda a história: 27,8 milhões de metros quadrados. A medição analisa o surgimento deste buraco entre agosto e dezembro, ano após ano, desde 1979.

A agência informou que este buraco na camada de ozônio é igual ao registrado em 1998.

Por que o buraco na camada de ozônio na Antártida aumentou?

Segundo os dados levantados e apresentados pela JMA, o buraco na camada de ozônio localizado sobre a Antártida aumentou devido às baixas temperaturas catalogadas na estratosfera. Este fenômeno afeta a dimensão do buraco e a diminuição da camada de ozônio nesta parte do globo terrestre.

Ainda há esperança

Em 2014, um estudo feito por 300 cientistas de todo o mundo concluiu que a destruição da camada de ozônio está diminuindo ano após ano (média global) e que é possível que a camada se recupere por completo no futuro. Este estudo foi aprovado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM). Todavia, é preciso que a fabricação de produtos que geram gases tóxicos (como clorofluorocarbonos) continue a cair nas próximas décadas.

Atsuya Kinoshita, um dos responsáveis pelo acompanhamento da camada de ozônio, ressaltou que mesmo com a diminuição dos gases nocivos que atingem a camada de ozônio, o aumento da temperatura e as mudanças climáticas atuais são provas claras de como as atividades humanas são as grandes responsáveis pela destruição da mesma.