Transporte Híbrido
Ônibus Híbrido. Foto: busologosbrasil

“País desenvolvido não é onde o pobre tem carro. É onde rico usa transporte público.” A máxima que se tornou popular parece distante da realidade do Brasil, pois a qualidade das conduções coletivas é questionável tanto para a população, quanto ao meio ambiente, portanto, atitudes estão sendo tomadas para que a locomoção nos centros urbanos se torne mais ágil, de preço acessível e ecologicamente correta a partir de 2014.

Assim como o Primeiro Relatório de Avaliação Nacional elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), diversos estudos apontam que a temperatura pode aumentar de 3°C a 6°C até o final deste século. Para evitar que ocorram significativas mudanças climáticas, testes com veículos híbridos ou movidos à base de hidrogênio e baterias elétricas já acontecem no País, visando reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, de São Paulo, já circula com um protótipo movido a hidrogênio desde 2010, fazendo a linha Jabaquara-São Mateus, que passa pela capital e bairros próximos como Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá. A partir do primeiro semestre de 2014, mais três exemplares, com o custo de 1 milhão de reais por unidade, farão o trajeto.

Em Curitiba, os coletivos já usam dois motores que trabalham paralelamente: um elétrico, para dar partida e outro a diesel, para o veículo ganhar velocidade. A tecnologia faz com que o acionamento dos freios recarregue as baterias, gerando uma economia de combustível de aproximadamente 35%.

Durante a Copa das Confederações 2013, foi lançado um ônibus movido através de energia limpa, gerada por biocombustíveis e baterias, o chamado “sistema em série”, algo que reduziria em 90% as dispersões de gases poluentes. Para a Copa do Mundo, em 2014, o País projeta baixar os custos de coletivos deste tipo para a produção, fazendo o transporte dos torcedores até os estádios nas cidades sedes dos jogos.

Trolébus
Trolébus. Foto: blogdocaminhoneiro

Atualmente, o Brasil disponibiliza trólebus (movidos com a conexão direta a redes elétricas) como opção de transporte sustentável, entretanto, eles apresentam menor velocidade em relação aos outros veículos, possuem itinerários limitados e frequentemente têm falhas mecânicas, isto é, pouco para a terceira maior frota de ônibus do mundo. Por outro lado, os híbridos, que funcionam a diesel e eletricidade, têm potencial para serem mais velozes do que os carros tradicionais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza cerca de 1 milhão e 300 mil mortes por causa da poluição urbana no mundo, concentrando em São Paulo o número aproximado de 4 mil óbitos por ano. Portanto, num período em que eclodem protestos pedindo qualidade de vida e criticando o transporte público, os meios de locomoção híbridos, que apresentam garantias de melhor eficiência energética e de combustível (algo que reduziria os preços das passagens), farão com que a população viva mais e pague menos.

Veja agora, em uma matéria do Auto Esporte da TV Globo, como funcionam os veículos híbridos do transporte público e onde já circulam: