Foto: The Jump

Medidas fazem parte do movimento global The JUMP.

Uma pesquisa recente conduzida pela Universidade de Leeds em parceria com a empresa global de engenharia Arup e a comunidade global C40 Cities identificou que a mudança de seis hábitos pela população teria um grande impacto na redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.

“Isso encerra de uma vez por todas o debate se a ação da população pode proteger o planeta. Não temos tempo para esperar que um grupo aja, precisamos de toda a ação de todos agora”, afirmou Tom Bailey, cofundador da campanha em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Um salto contra o aquecimento global

Os resultados do estudo deram origem ao movimento The JUMP, que convida as pessoas a “darem o salto” necessário para combater os efeitos do aquecimento global. Para isso, a campanha pede que as pessoas se inscrevam no site e adotem seis mudanças de hábito por um, três e seis meses. São elas:

1. Comer uma dieta amplamente baseada em vegetais, com porções saudáveis e sem desperdício;
2. Comprar no máximo três novas peças de roupa por ano;
3. Manter os produtos elétricos por pelo menos sete anos;
4. Não fazer mais do que um voo de curta distância a cada três anos e um voo de longa distância a cada oito anos;
5. Livrar-se de veículos motorizados pessoais, se puder – caso não seja possível, mantenha seu veículo atual por mais tempo;
6. Fazer pelo menos uma mudança de vida para impulsionar o sistema, como adotar fontes de energia verde, isolar a casa e participar de manifestações pacíficas pela mudança.

Ao colocar os seis pontos em prática, o estudo indicou que a população poderia reduzir em um quarto as emissões necessárias para manter o aquecimento global em 1,5°C.

Os fundadores ressaltam que, embora nem todos possam se comprometer com todas as promessas, apenas começar com uma ou duas pode ter um grande impacto.

Momento de agir é agora

Na semana anterior à divulgação do estudo, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) emitiu seu aviso mais crítico até hoje, destacando que a crise climática está se acelerando rapidamente, de forma que pouco poderá ser feito para evitar os estragos relacionados ao fenômeno.

Bailey disse que, à medida que o mundo se aproxima do colapso ecológico, precisa de uma alternativa viável para essa “sociedade de consumo universal” na próxima década.

“A pesquisa deixa claro que os governos e o setor privado têm o maior papel a desempenhar, mas também fica igualmente claro em nossa análise que indivíduos e comunidades podem fazer uma enorme diferença”, concluiu Bailey.

Ficou interessado em se juntar ao The Jump? Acesse o site para saber mais.

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Fontes: The Guardian | Green Me | The Jump