Você já parou para pensar quantos móveis e utensílios domésticos deixamos de lado (e até jogamos fora de maneira incorreta!) apenas para obter um modelo mais avançado? Muitas vezes não analisamos quais objetos e produtos realmente precisam ser trocados, estamos sempre buscando pelo novo, pelo moderno e cada vez mais potentes, com funcionalidades inovadoras e que tenha um design mais atrativo. Somos bombardeados pelas propagandas e ofertas encantadoras, mas quando paramos para pensar: “será que eu preciso de verdade trocar esse equipamento?” ou “se vou trocar, o que poderei fazer com o móvel/objeto antigo?”.

Charge
Foto: Reprodução

Infelizmente são pouquíssimas pessoas que procuram renovar os seus móveis e buscar uma nova finalidade para a sua utilização, sem perceber também o prazer que pode ser alcançado em fazer a reforma de um objeto e depois contemplar o resultado final, e entender que ele ainda possui uma finalidade, às vezes a praticidade de ir a uma loja ou até mesmo entrar em um e-commerce, nos torna preguiçosos e acomodados para “colocarmos a mão na massa” para renovar, criar, desenvolver.

Deparamos-nos a cada dia mais com pessoas que só pensam em trocar a “mobília velha” por aquela que “está na moda”, sem antes analisar que uma reforma poderia ser efetuada antes de ser descartado de forma incorreta. Se olhar nos córregos e esquinas pelas vias da capital paulista, vemos que essa é uma realidade de muitos, quantos sofás e estantes são jogados em locais indevidos, contribuindo ainda mais para o acúmulo de lixo e risco de inundações nas épocas de chuva. Falta sensibilidade em muitos consumidores.

Será que não podemos parar de nos endividar para mantermos o padrão de consumo, por motivos tão supérfluos? O meio ambiente não comporta mais a quantidade de lixo descartado incorretamente, principalmente pelos produtos eletrônicos que poluem cada dia mais devido aos componentes químicos nas suas baterias e composições eletrônicas, e a justificativa das trocas desses aparelhos é o avanço tecnológico, mas será que um produto que foi lançado há seis meses já é considerado tão defasado que é necessário trocar pelo produto que saiu na semana passada?”

O aumento do consumismo também é ocasionado pela chamada “obsolescência programada”, que foi iniciada em meados dos anos 50. Nessa época os produtos duravam muitos anos e não havia uma necessidade obrigatória de troca, quantas vezes, ao visitarmos nossos avós, não nos deparamos com alguma mobília aparentemente velha ou de um modelo que ninguém utiliza mais, mas que continua com uma ótima qualidade e que foi passada de pai para filho, ou até mesmo alguma geladeira que durou cerca de quinze anos ou mais?

As indústrias criaram a seguinte estratégia: fazer um produto visualmente “resistente e com um design inovador”, mas que durará menos tempo, portanto eles fabricam mais produtos para que seja trocado em breve e que pode ser considerado ultrapassado, mas as indústrias irão lucrar mais e poluir mais, o que gera o nosso consumo desmesurado, por exemplo, quando 2013 já estava acabando havia carros com modelos 2014 disponíveis para venda (com “desconto”, IPVA pago, tudo para ser mais atraente), mas, se o ano não acabou, porque as fábricas já estão nos impulsionando a obter um produto que não há diferenças tão significativas quanto o veículo de 2013? O mesmo exemplo pode ser visto com os eletrônicos, mobiliários, roupas e sapatos, etc.

Será que não podemos parar de nos endividar para mantermos o padrão de consumo, por motivos tão supérfluos? O meio ambiente não comporta mais a quantidade de lixo descartado incorretamente, principalmente pelos produtos eletrônicos que poluem cada dia mais devido aos componentes químicos nas suas baterias e composições eletrônicas, e a justificativa das trocas desses aparelhos é o avanço tecnológico, mas será que um produto que foi lançado há seis meses já é considerado tão defasado que é necessário trocar pelo produto que saiu na semana passada?

Além de nos endividarmos, ficamos alucinados dentro das lojas, acumulamos contas e mais contas por itens que pareciam “mágicos” nas propagandas, mas quando vemos a sua funcionalidade no dia a dia percebemos que é apenas mais um produto para acumularmos, e que talvez nem fosse necessário ser trocado. Esse hábito trivial só aumentou as nossas dívidas, nos estressamos muito mais, teremos que trabalhar mais para pagarmos o que consumimos e esse ciclo só tende a piorar. Resultado: a nossa qualidade de vida também está em jogo!

Procure renovar a sua casa de maneira ecologicamente correta, reforme os móveis antigos, dê uma nova vida, uma nova aparência, uma “outra cara”, procure tirar um tempo para pensar em um meio de criar, inovar e reformar valerá a pena para você e para o meio ambiente.