E, pior: a maciez que a gente quer que ele tenha, também.

Em todo o mundo, 42 milhões de toneladas de papel higiênico são usados ​​todos os anos. São cerca de 184 milhões de rolos ou 22 bilhões de quilômetros de papel higiênico que, se espalhados, cobririam uma área de 2,2 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente a dar a volta ao planeta a cada 10 minutos, ou viajar até o sol e voltar a cada 7 dias. Essa quantidade toda aí pode cobrir uma área quase 3 vezes o tamanho da França a cada ano.

Impacto ambiental do papel higiênico

Os 42 milhões de toneladas de papel higiênico usados ​​globalmente anualmente têm um impacto ambiental significativo. Por ter vida curta, ele libera rapidamente o carbono restante na atmosfera, o que o torna ainda mais severo, porque as produções requerem 712 milhões de árvores, 1.165 milhões de toneladas de água e 78 milhões de toneladas de óleo.

E, para piorar, os maiores fornecedores mundiais têm aumentado o número de árvores cortadas em busca de suavidade. E por que isso? Simplesmente porque a demanda é baixa, ou seja, não estamos comprando o suficiente do material reciclado.

Qual é o problema com o papel reciclado?

Embora o papel higiênico convencional destrua as árvores a uma taxa surpreendente, existem muitas opções de reciclagem por aí. Eles podem ser feitos usando resíduos de outros processos de fabricação de papel, como caixas de papelão, leite e até de lixo eletrônico.

O problema é que essas versões não parecem nos dar o mesmo conforto que as opções menos ecologicamente corretas. Isso porque as longas fibras de papel necessárias para tornar mais macio o contato com o corpo humano simplesmente não sobrevivem ao processo de reciclagem.

Uma série de startups surgiram nos últimos anos para reverter a imagem negativa das marcas recicladas. Algumas resolveram o problema da maciez oferecendo versões recicladas e de bambu, que é uma fonte mais ecológica de fibras de papel. A grama de crescimento rápido se regenera a partir de suas raízes, não precisa ser fertilizada e produz 35% mais oxigênio do que seus equivalentes, as árvores.

Por que a reciclagem funciona?

O papel higiênico feito de papel reciclado dispensa o corte de árvores, requer metade do uso de água e um terço da energia para ser produzido. A diferença entre ele e o tradicional é de 712 milhões de árvores. Além disso, os produtos químicos usados ​​na produção de papel reciclado são muito menos tóxicos do que aqueles usados ​​para branquear a celulose virgem.

Você usaria um bidê?

Muitas pessoas estão descobrindo maneiras totalmente livres de papel para se manterem limpas, como os bidês, que são acessórios de banheiro comuns em vários países.

A produção de um único rolo de papel consome cerca de 140 litros de água e a maioria das pessoas gasta um rolo e meio por semana. Bidês consomem menos de meio litro por acionamento, o que significa que você precisa de pouco menos de 5 litros por semana para mantê-lo limpo.

A lavagem com água através do bidê (ou mesmo da ducha higiênica) é melhor não só para o ambiente, mas para a saúde. Nem todo mundo está acostumado com essa opção, no entanto, além de ser mais ecológica e menos poluente que o papel, a água faz uma limpeza mais eficaz da região. Na verdade, o uso do papel higiênico pode ser um vilão da higiene anal porque o atrito pode machucar a pele ocasionando dermatite, fissuras, infecções e, para quem tem hemorroidas, elas podem ficar sensíveis e sangrar com mais facilidade.

Para quem não quer buscar outras alternativas mais sustentáveis mas reconhece que não dá para ficar indiferente, a opção então é buscar pelas versões que tenham o selo FSC ®. Esta certificação é garantida por entidades internacionais, que asseguram que os produtos provêm de florestas bem geridas que oferecem benefícios ambientais, sociais e econômicos. Está bem longe de ser o melhor que se pode fazer, mas é melhor que nada.

Fontes: The World Counts | Gastro Medical Center | Do Zero | The Guardian