Crédito: Jo McCulty A ideia surgiu através de algo que a natureza já produz, a flor de Lotus, que é ótima para repelir água do óleo.

Já é bem comum o uso de nano-objetivos em vários casos, como em sistemas de fornecimento de medicamentos, armazenamento de dados e até em projetos de energia fotovoltaica. A novidade é que pesquisadores da Universidade de Ohio, nos EUA, estão utilizando uma malha de aço inoxidável revestida com partículas minúsculas (nano) para repelir o óleo da água. Objetivo é separar com mais facilidade estes dois elementos para combater vazamentos de petróleo no mar e evitar a contaminação das águas e morte de diversos seres marinhos.

A ideia surgiu através de algo que a natureza já produz, a flor de Lotus, que é ótima para repelir água do óleo, mas que não apresenta bons resultados contra o petróleo. Com isso, os pesquisadores testaram com êxito uma superfície similar e outra desigual com surfactantes (encontrados em detergentes).

Para alcançar um resultado próximo à superfície áspera, os pesquisadores utilizaram uma malha inoxidável com nano-partículas de sílica. Na sequência, mais camadas de moléculas com surfactante foram acrescidas. Um dos diferenciais é que estes são materiais acessíveis e sem qualquer risco tóxico. Testes preliminares apontam que no futuro será possível desenvolver malhas com grandes dimensões a US $ 1 por pé quadrado.

Os pesquisadores norte-americanos da Universidade de Ohio também divulgaram que é possível ajustar a combinação de camadas e produzir nano-partículas que também atraiam o óleo. Neste caso, a solução seria perfeita para rastrear depósitos subterrâneos que contenham petróleo, e assim evitar vazamentos e contaminações mais sérias.

Segundo o autor do estudo, Bharat Bhushan: “Nós estudamos tantas superfícies naturais, a partir de folhas de asas de borboleta e pele de tubarão, para entender como a natureza resolve certos problemas.Agora queremos ir além do que a natureza faz, a fim de resolver problemas novos”. Concordando com Bhushan, o coautor Philip Brown também defende o estudo: “A natureza chega a um limite do que ele pode fazer. Para repelir materiais sintéticos como óleos, precisamos levar em outro nível de química que a natureza não tem acesso.”