Evitar que a poluição plástica chegue aos rios e oceanos é o principal objetivo da iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU), intitulado como “Rios limpos para mares limpos”.

A iniciativa foi lançada em 08 de junho de 2018 durante o seminário, “Dos Rios Limpos para Mares Mais Limpos com os ODS”, promovido pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia (SDSN-Amazônia), ONU Meio Ambiente e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).

O programa visa integrar a Amazônia ao combate à poluição plástica, que tem invadido os oceanos, garantindo a conservação dos rios, ao mesmo tempo que conserva os igarapés e outros afluentes da região.

Além disso, cerca de 80% da poluição é marinha e originada em terra, ocasionando danos ao ecossistema e a saúde das pessoas. Os esgotos, pesticidas, metais pesados, lixos plásticos e outros poluentes chegam ao litoral através do curso das águas doces, gerando tal problema ao planeta.

Segundo Virgilio Viana, superintendente geral da FAS, o desafio não é somente acabar com a poluição dos plásticos nas praias, mas também das margens dos rios que carregam enormes quantidades de plásticos poluentes, que contaminam e preocupam a vida marítima, pois afeta a saúde humana e a vida aquática.

A representante da ONU Meio Ambiente do Brasil, Denise Hamú, destacou a importância da Amazônia na campanha por sua representatividade e os desafios que o rio Amazonas enfrenta.

Aplicativo Litterari

Junto ao lançamento da campanha, foi apresentado o aplicativo Litterari, criado por Jeff Kirschner, que qualifica e identifica marcas, rastreando o lixo em tempo real por meio de geolocalização. Ele busca de modo divertido mobilizar os usuários a respeito da responsabilidade com o lixo e o meio ambiente.

Limpeza no lago Tarumã

Na manhã seguinte ao evento, a ONU e a FAS, em ação organizada pelo Movimento Grito D’Água e com o apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública, realizaram uma ação de limpeza às margens do lago do Tarumã, no Rio Negro. A atividade marcou o início da agenda do projeto na Amazônia.