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Pyeongchang, na Coréia do Sul, recebe, desde segunda-feira (6), a 12ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP12). Representantes de 200 países acompanharam a divulgação do relatório “Panorama Global da Biodiversidade 4”, produzido pela ONU. As notícias não são boas, o documento aponta que os governos não estão conseguindo cumprir a maioria metas estabelecidas para garantir a biodiversidade no planeta.

Instituídas em 2010, durante a COP10, realizada na cidade de Nagoya, no Japão, as metas da Convenção da Diversidade Biológica (CDB) devem ser alcançadas até 2020. Os 20 objetivos acordados também são conhecidos como Metas de Aichi (nome da província onde está localizada a cidade de Nagoya).

Deste modo, o relatório da ONU foi recebido com muito pessimismo pelas autoridades ambientais, uma vez que indica que os governos não estão sendo eficazes na prática, como em seus discursos. Das 20 metas, apenas quatro estão conseguindo um bom desempenho. Entre elas, está justamente a primeira, que versa sobre a conscientização da sociedade.

O problema é encontrado nos objetivos que vão de encontro com os modelos econômicos atuais dos países, como o de número 15, que determina a recuperação de áreas degradadas, ou o 14, que visa salvaguardar os recursos hídricos. Estes dois sofreram retrocesso.

annachristina Natureza.

O Brasil não muda o panorama mundial. Ainda longe de conseguir implantar políticas eficazes para combater o problema, o próprio Ministério do Meio Ambiente reconheceu, em seu site, as dificuldades para a implantação das metas da CDB. “A biodiversidade ainda não tem sido tratada com a ênfase necessária nas estratégias de desenvolvimento, e isso leva à perda gradual de um diferencial importante para o país”, afirma.

Deste modo, o Panorama Global da Biodiversidade 4, da ONU, corrobora com o que já havia afirmado o Relatório Planeta Vivo, lançado pela organização não governamental WWF na última semana. De acordo com a ONG, a biodiversidade mundial de animais vertebrados foi reduzida em 52% desde 1970.