Reprodução / Inhabitat.com Carlos Castañeda, integrante da Associação de Conservação da Bacia Amazônica, segura um dos drones desenvolvidos.

A utilização da tecnologia para melhorar a qualidade de vida, ofertar mais serviços e facilitar o dia a dia da população em geral tem sido cada vez mais comum. Seguindo essa linha, um estudante norte-americano apostou em mais uma inovação tecnológica para criar um sistema que promete ajudar a combater o desmatamento na Amazônia.

Max Messinger, estudante da Universidade Wake Forest, localizada na Carolina do Norte, nos EUA, criou um drone que permite observar as ações madeireiras e de mineração ilegal que acontecem na região.

Ações desse tipo não são novidade, já que alguns satélites já mostravam a escala de devastação e até mesmo o Google já havia criado um vídeo em timelapse para mostrar a destruição ao longo dos últimos 40 anos.

Reprodução / Inhabitat.com Max Messinger, estudante que projetou o drone.

No entanto, o drone chama a atenção por ter uma tecnologia mais recente e por ser mais barato, cerca de US$5000. Os modelos foram modificados para que tivessem funções de piloto automático mais sofisticadas, além de outras inovações.

Cada um deles está equipado com uma câmera Canon e é capaz de voar até 10 milhas, se mantendo abaixo da cobertura das nuvens para fornecer imagens mais claras e instantâneas.

A Associação de Conservação da Bacia Amazônica, no Peru, que tem travado uma guerra contra o desmatamento, já começou a utilizar os aparelhos. A organização tem apenas cinco guardas para monitorar os 145 mil hectares na área de conservação Los Amigos, onde as atividades de mineração e madeireiras ilegais dizimaram grandes áreas de floresta tropical.

A ideia é utilizar os drones para identificar onde essas atividades continuam acontecendo de maneira rápida e penalizar os responsáveis. De acordo com o criador, ao identificar as ações ilegais, o sistema é capaz de controlar a sua propagação e assegurar que ela não passe para áreas protegidas.

Além da iniciativa na Amazônia, esses drones estão sendo utilizados nos EUA para medir a quantidade de cinzas de carvão que vazaram em um rio na Carolina do Norte após um acidente químico no ano passado.

Reprodução / Inhabitat.com Imagem aérea do desmatamento na Amazônia gerada pelo drone.