Os lixões são a maneira mais inadequadas de se descartar os resíduos, uma vez que lá ele não é identificado e nem separado.
Os lixões são a maneira mais inadequadas de se descartar os resíduos, uma vez que lá ele não é identificado e nem separado.

O descarte de lixo é um dos maiores problemas da humanidade. Por séculos, o lixo era dispensado de forma inadequada, sem que houvesse preocupação com qualquer impacto ambiental que ele pudesse causar. Porém, só no último século, foram identificados os danos irreversíveis que os resíduos causam à terra, aos lençóis freáticos, à água e ao ar.

No Brasil, o lixo é descartado principalmente em lixões, seguido por aterros sanitários, aterro controlado e incineração. Os lixões são a maneira mais inadequada de todas e, infelizmente, a mais comum. Esses espaços funcionam como depósitos de resíduos sólidos, sem que seja feita coleta seletiva ou um preparo adequado: os resíduos são simplesmente jogados em grandes descampados a céu aberto.

O que são os lixões?

O lixo descartado nos lixões não é identificado e nem separado. Muitas vezes, inclusive, os itens considerados de baixa periculosidade se misturam com os contaminantes, geralmente descartados por hospitais. Não há também a preocupação em prepará-lo para evitar contágio às comunidades ao redor, e há sempre grandes riscos de exposição a microrganismos e vetores de doenças, como ratos e mosquitos.

O acúmulo de lixo forma chorume, um líquido preto e com cheiro forte e fétido, resultante da decomposição da matéria orgânica. Este é um dos principais agentes poluidores, já que penetra no solo, contamina os lençóis freáticos e todos os recursos hídricos da região. Para evitar problemas ambientais, é fundamental que seja realizado um processo de tratamento de chorume.

Os problemas sociais e econômicos da cidade acabam atraindo pessoas que buscam, em meio ao lixo, objetos que possam ser úteis para vendas. Esta forma de sustento é bastante comum e perigosa, já que deixam todos vulneráveis a doenças e cortes por objetos quebrados.

Outras formas de descarte de lixo são autorizadas pelo governo — como os aterros sanitários, aterros controlados e a incineração. Nos aterros sanitários há normas supervisionadas para que haja o mínimo de danos ao meio ambiente. Inclusive a maior parte dos resíduos sólidos são é reciclável, apesar da dificuldade em realizar uma coleta seletiva apropriada. São construídos em locais mais afastados das cidades, para que haja maior cuidado com os riscos de poluição.

Os aterros controlados são uma categoria intermediária entre lixões e aterros sanitários, já que utilizam a forma de descarte do lixão, mas com a proposta de minimizar os impactos gerados. Sua qualidade é inferior ao aterro sanitário, e ainda pode contaminar o meio ambiente. A incineração, por fim, é a queima de resíduos em usinas — uma solução que diminui o volume de lixo, mas há o grande risco de poluir o ar com a emissão de gases tóxicos.

Imagem: vchal / iStock / Getty Images Plus