A resposta é sim, mas com algumas considerações importantes. A dessalinização da água do mar representa uma das alternativas mais promissoras para enfrentar a escassez de água potável que afeta bilhões de pessoas, porém não é uma solução mágica que resolve todos os problemas de uma vez.
Por que precisamos dessa solução agora?
Como a dessalinização funciona na prática?
Existem duas tecnologias principais em uso:
Hoje, cerca de 16 mil usinas de dessalinização operam globalmente, produzindo 56 bilhões de litros de água dessalinizada diariamente. O Oriente Médio concentra 39% dessas instalações, sendo pioneiro no uso da tecnologia devido às suas condições climáticas áridas.
Os avanços que tornam a solução viável
Especialistas preveem que os custos da água dessalinizada podem cair 60% nos próximos 20 anos, ampliando significativamente o acesso à tecnologia para diferentes regiões do mundo.
Os desafios que ainda existem
Consumo energético elevado: A maior parte das usinas ainda depende de combustíveis fósseis. No Chipre, as quatro usinas do país consomem 5% de toda a eletricidade nacional e respondem por 2% das emissões de gases de efeito estufa.
Produção de salmoura: Para cada litro de água dessalinizada, gera-se aproximadamente 1,5 litro de resíduo altamente concentrado em sal, que pode causar poluição marinha e contaminação de águas subterrâneas se mal gerenciado.
Pequenas usinas movidas por energia solar e eólica já funcionam em comunidades isoladas, demonstrando a viabilidade da dessalinização renovável. Novas tecnologias permitem reduzir o volume de salmoura e recuperar materiais valiosos do resíduo, transformando um problema em oportunidade econômica.
Uma solução com potencial transformador
O futuro da dessalinização depende de investimentos em tecnologias mais limpas, sistemas de tratamento de resíduos e políticas que democratizem o acesso. Quando isso acontecer, teremos verdadeiramente transformado a abundância dos oceanos em esperança para a humanidade.