© Depositphotos.com / kanvag Pouco mais de 2000 municípios apresentaram projetos para resolver o problema do descarte inadequado de lixo.

Há quase um ano terminou o prazo dado pelo governo para que as cidades brasileiras resolvessem seus problemas relacionados ao descarte de lixo. O Ministério do Meio Ambiente informou em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil que, de 2008 a 2013, de um total de 5.570 municípios, os que cumpriram as regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos saltaram de 1.091 para 2.220.

São Paulo é uma das cidades que vem trabalhando para reduzir o descarte incorreto de lixo. Uma das medidas é a reciclagem, por meio da criação de duas centrais de triagem mecanizadas. A meta, de acordo com informações da própria prefeitura, é aumentar de 3% para 10% o percentual de material reciclado até 2016. Atualmente, a cidade produz cerca de 20 mil toneladas de resíduos de todos os tipos diariamente, sendo 12,5 mil toneladas resultantes da coleta domiciliar.

A cidade Santa Terezinha do Itaipu, localizada no extremo oeste do Paraná, conta com um aterro sanitário desde 2004. De acordo com informações publicadas no site da prefeitura do município, o local possui valas impermeáveis com geomembrana de PEAD (Polietileno de Alta Densidade), evitando vazamento de chorume. Além disso, a cidade conseguiu reduzir em cerca de 50% o lixo que seria depositado no aterro, destinando parte dos materiais para a agricultura e para reciclagem.

Pelos dados divulgados no Bom Dia Brasil, 60% das cidades ainda não tomaram iniciativas sustentáveis. Entre elas está Brasília, local onde nasceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e que abriga o maior lixão da América Latina.

Nos últimos quatro anos a quantidade de lixo produzida no Brasil aumentou cerca de 30%. Ao todo, 20 milhões de pessoas não recebem serviço de coleta de lixo no país, resultando em 29 milhões de toneladas de resíduos, o que, segundo a reportagem, daria para encher mais de 200 estádios do Maracanã.