Consultoria aponta a necessidade de se investir 8 vezes mais que em 2021.

No final do ano passado, a BCG, Boston Consulting Group, empresa consultoria estratégica sediada nos EUA, divulgou alguns esforços necessários para que a neutralidade de carbono, objetivo definido pelo Acordo de Paris, aconteça até o ano de 2050.

Para que o planeta atinja essa meta, estima-se que será necessário investir US$ 21 trilhões até 2030 na economia de baixo carbono. O valor indica uma média de investimento de US$ 470 bilhões por ano, montante equivalente a cerca de oito vezes o aplicado em 2021.

Outro ponto é que a maioria dos aportes nos últimos anos foram direcionados a tecnologias que já são relativamente maduras, como veículos elétricos, armazenamento de energia, energia solar e eólica – enquanto que as tecnologias emergentes, como hidrogênio verde e tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono, que podem ser a chave para atingimento da meta em 2050, representaram só 3% do total dos investimentos. Este ano, felizmente, as projeções apontam para um total de quase U$60 bilhões, o que é bastante considerável para uma alternativa nova no mercado.

Investindo de forma assertiva

O estudo ressalta, também, que é fundamental entender que a gama de tecnologias de baixo carbono será uma força complementar na luta contra o aquecimento global. Isso aponta aos investidores a urgência em se estruturar o portfólio de ações com tecnologias diferentes e complementares, em diferentes modalidades, levando em conta, inclusive, a necessidade de colaborar com outros setores — e até concorrentes. Sim, concorrentes – afinal, a causa é única.

O bom combate
O investimento privado global em tecnologias de baixo carbono não está nem perto de onde precisa estar se quisermos limitar o aquecimento global a menos de 1,5°C até 2050. As evidências, tais como os padrões climáticos perturbadores, o aumento do nível do mar e o derretimento das calotas polares, entre tantos outros – já estão sobre nós. Agora, a questão é se podemos ou não retardar o processo com rapidez suficiente para mitigar seus piores efeitos. Usar as tecnologias que temos atualmente à nossa disposição não será suficiente. As novas tecnologias servirão de base para uma economia verde em rápido crescimento em escala global por um planeta mais saudável. O dinheiro já está na mesa, que ele agora siga na direção que mais importa.

Fontes: Olhar Digital | Eco21 | Forbes