iStockphoto.com / adam bennie Ong lutou para que lei fosse aprovada.

Ao longo da história a força animal sempre foi essencial como meio de transporte para pessoas nas cidades ou para movimentar engenhocas que ajudavam no trabalho do campo. Burros e cavalos são até hoje meios de transporte em algumas cidades mais afastadas, inclusive no interior do Brasil. Porém, mesmo que seja algo comum para milhões de pessoas, pouca gente que utiliza este meio transporte tem consciência dos riscos que os animais estão expostos no dia a dia, como problemas físicos e até mesmo danos emocionais e mentais.

Visando transformar este cenário, Israel anunciou recentemente que irá proibir o uso de carruagens e carroças com tração animal. Tal medida só se tornou realidade graças ao trabalho da ONG Hakol Chai, que documentou maus tratos e crueldades contra animais que eram utilizados por homens e mulheres no país, como falta de comida e água, trabalho excessivo, chicotadas e outras agressões sem qualquer controle. A aprovação da lei também contou com a participação do Ministério de Transportes de Israel e da unidade policial nacional.

Mesmo sendo uma causa nobre, algumas cidades israelitas recorreram à Comissão de Assuntos Econômicos para tentar impedir a aprovação da lei. O município de Nahariya, por exemplo, defende o uso de animais devido ao número de turistas que realizam passeios de carruagens pela região e como este tipo de serviço movimenta a economia local. Até o momento a cidade mantém o uso de animais em transporte de cargas.