Parece um prédio comum, mas é um estacionamento. As chamadas garagens verticais são a solução da falta de espaço em grandes centros urbanos e encantam, cada vez mais, os cidadãos graças à praticidade.

Com uma estrutura metálica, os prédios possuem um sistema de condução dos veículos totalmente automatizado – Sistema de Estacionamento Modular Automatizado (Modular Automated Parking Systems – MAPS) –, que não permite que os usuários tenham acesso ao local onde os carros são guardados.

Estacionamento vertical
Foto: qf8

O veículo é levado por um trilho para um elevador. O manobrista é um “robô”, responsável por estacionar o carro onde existir vaga – os poucos funcionários apenas operam o equipamento. A tecnologia dos elevadores é inovadora e parecida às adotadas nos elevadores convencionas.

As vagas são disponibilizadas por módulos: é possível colocar dois veículos de cada lado da estrutura, sendo, um total de quatro veículos por conjunto de módulo – em uma área de 560 m² pode-se estacionar 205 automóveis, por exemplo. No entanto, isso varia de acordo com o modelo e o tamanho do carro.

Vantagens e Desvantagens

Estacionamento vertical
Foto: canadianveggie

Os estacionamentos verticais automatizados otimizam os espaços de grandes centros urbanos, garantindo um maior número de carros em um espaço reduzido, o que torna o projeto bastante diferenciado e sustentável.

Com o custo de criação bem menor – a subterrânea é até 30% mais cara – também não há uma grande produção de entulho e nem risco de interferir nas barreiras de água do subsolo. Dessa forma, há uma preservação do meio ambiente e menos agressão.

No entanto, apesar de prático, os edifícios-garagem não são conhecidos pela agilidade. Isso porque como no sistema há apenas um dispositivo de transporte, o processo de guardar e retirar o veículo se torna demorado.

Esse tipo de prédio perde pontos também no que se refere à valorização do trabalho, já que há uma redução no número de trabalhadores, com o emprego de manobristas-robôs.

Legislação

O modelo revolucionário e inovador ainda sofre com algumas leis brasileiras, como a de Uso e Ocupação do Solo Urbano. Essa legislação, em algumas regiões, exige que as edificações tenham um determinado afastamento, o que impediria a implantação desse sistema em alguns locais.