Stockphoto.com / cheekylorns Projeto quer estimular a permanência do tatu-bola em suas florestas nativas.

Uma parceria entre a Associação Caatinga e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, confirmou o lançamento do Programa de Conservação do tatu-bola. O projeto, que vinha sendo estudado ao longo dos últimos meses, tem como principal foco diminuir os riscos de extinção do animal – sobretudo, da espécie Tolypeutes matacus e Tolypeutes tricinctus.

De acordo com os idealizadores da iniciativa, o programa já tem seu cronograma de atividades estabelecidos para os próximos quatro anos. O objetivo é identificar as áreas onde habita o animal e, com isso, avaliar o potencial para criação de unidades de conservação e estimular a permanência do tatu-bola em suas florestas nativas.

A expectativa é de que novas ações de sensibilização incentivem comunidades que vivem próxima ao habitat natural da espécie para potencializar a preservação da área em que vivem, no caso a Caatinga.

Luta contra a extinção do tatu-bola

Rodrigo Castro, coordenador geral da Associação Caatinga, explica a importância em proteger o animal contra os problemas de extinção, que vão muito além do desaparecimento de duas de suas espécies. “O programa ressalta a necessidade de preservarmos as florestas da Caatinga para o animal, para as outras espécies de animais e plantas e para a segurança hídrica no sertão. Tanto quanto o tatu-bola, nós também dependemos de florestas preservadas. Cuidar da Caatinga é garantir a vida e a produção de água num ambiente único no planeta.”

Um dos primeiros objetivos a serem alcançados pelo programa com o Tolypeutes tricinctus é fazer com que os riscos em sua extinção diminuam e o tatu possa avançar a categoria “Vulnerável” o mais rápido possível.

Vale lembrar que a espécie foi escolhida como a mascote para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil (ação que também contou com o apoio da Associação Caatinga).