Você já parou para pensar se aquele produto que promete ser “eco-friendly” realmente cumpre o que promete? Um novo estudo revelou dados alarmantes sobre o greenwashing no Brasil, mostrando que a maioria das alegações ambientais que vemos nas prateleiras não passa de marketing enganoso.
O cenário atual do greenwashing brasileiro
O estudo “Greenwashing no Brasil: Um estudo sobre as alegações ambientais nos produtos Edição 2024”, realizado pela Market Analysis Brasil com apoio do Instituto Akatu, analisou 2.098 produtos de diferentes categorias e descobriu que 85% das alegações ambientais são falsas ou enganosas. Este número praticamente não mudou em relação à pesquisa de 2014, quando o índice era de 83%.
O pecado da “incerteza” lidera o ranking
Outros problemas frequentes incluem:
- Falta de prova (17%): alegações sem respaldo verificável
- Irrelevância (16%): destacar como diferencial características já obrigatórias por lei
Setores que mais praticam greenwashing
- Produtos de limpeza: 96% (com aumento de 27% desde 2014)
- Casa, jardim e construção: 86%
- Eletroeletrônicos e acessórios: 86%
- Cosméticos e higiene pessoal: 75%
Consumidores mais conscientes, mas ainda vulneráveis
No entanto, a confiança nas alegações ambientais tem sido abalada. Entre 2019 e 2023, houve uma queda na porcentagem de consumidores que acreditam que o consumo pode mudar o comportamento das empresas, caindo de 85% para 77%.
Como identificar e evitar o greenwashing
- Termos vagos: desconfie de palavras como “natural”, “verde” ou “sustentável” sem explicações específicas
- Falta de certificações: procure por selos reconhecidos de sustentabilidade
- Alegações irrelevantes: características que já são obrigatórias por lei não são diferenciais ambientais
- Ausência de dados: empresas transparentes fornecem informações concretas sobre seus impactos
O papel das empresas na mudança
Construindo um futuro mais transparente
O cenário atual nos convida à reflexão sobre como podemos, como consumidores, exigir mais transparência das empresas. Cada escolha de compra é um voto pelo tipo de mundo que queremos construir. Ao questionar práticas e buscar informações, contribuímos para um mercado mais ético e verdadeiramente sustentável.









