Fonte: Depositphotos No Mercado de Carbono, uma empresa que não tem licenças suficientes para cobrir suas emissões de GEE podem comprar créditos de carbono excedentes de outras empresas.

Em 1997, com a assinatura do Protocolo de Quioto, foi criado o Mercado do Carbono, com proposta de reduzir ou limitar a quantidade de emissões de gases que causam o efeito estufa no mundo. O Mercado se baseia na valoração econômica desses gases e na limitação de quantidade permitida de emissão.

Para que o Protocolo entrasse em vigor, era necessário reunir 55% dos países que representassem 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que aconteceu apenas em 2004. Com isso, a partir desse ano, o Mercado do Carbono passou a ter validade, colocando à venda permissões para emissão dos gases do efeito estufa.

Dentro do Mercado do Carbono encontramos o “Cap and Trade”, que consiste na distribuição de permissões por meio dos Governos dos países signatários do Protocolo. As empresas desses países também tem um limite máximo de emissão de gases estipulado e a partir disso podem comprar e vender permissões. Sendo assim, empresas que têm um número menor de emissão permitida, podem vender a quantia restante para outras empresas.

Outra possibilidade para as empresas que possuem um índice de emissão maior que o permitido é a “Compensação”, que consiste em plantar um determinado número de árvores que é considerado capaz de absorver os gases emitidos em excesso. Essa possibilidade é criticada por diversas Ongs, que afirmam que o carbono absorvido pelas árvores é retirado temporariamente do meio-ambiente, enquanto a liberação de carbono de origem fóssil é permanente e acelerará as mudanças climáticas.

No Brasil, o Cap and Trade não foi colocado em prática devido a pequena demanda para créditos de carbono. Como as empresas brasileiras não possuem metas obrigatórias de redução de gases do efeito estufa, isso acaba gerando uma pequena demanda, o que não exige que as empresas comprem créditos de carbono.