Reprodução/ TV Asa Branca Investimento total passou dos R$ 600 milhões.

O estado do Pernambuco já pode comemorar o sucesso do investimento em alta tecnologia e inovação. Isso porque a região acaba de inaugurar o primeiro parque híbrido do Brasil, que trabalha com a geração de energia solar e eólica.

O empreendimento está localizado em Tacaratu, no Itaparica, sertão do Estado, e é formado por duas usinas fotovoltaicas (Fontes Solar I e II) com potência instalada de 11 MW e um parque eólico de 80 MW (Fontes dos Ventos). Juntos, são capazes de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para abastecer 250 mil residências.

A iniciativa é fruto do plano do Governo de Pernambuco de consolidar o Estado como polo gerador de energias renováveis e produtor de equipamentos, tecnologias e conhecimento para o segmento. O investimento total no Complexo Fontes foi de cerca de R$ 660 milhões.

De acordo com dados do governo, com a iniciativa a região aumenta em mais de 30% a capacidade instalada de geração de energia solar no País. Além disso, a energia gerada pelo parque fotovoltaico evitará a emissão de mais de 5.000 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano, enquanto o parque eólico reduzirá em 126.318 toneladas as emissões de CO2.

O que são parques híbridos?

Os parques híbridos são empreendimentos que permitem o compartilhamento de infraestruturas, como a conexão às linhas de transmissão, por exemplo, resultando em menores custos de implantação. Dessa forma, eles promovem um melhor aproveitamento dos recursos naturais, já que quando há redução na incidência de raios solares, os ventos sopram com maior força e vice-versa.

Com uma geração quase ininterrupta, o modelo se revela muito viável em 60% do território pernambucano. Além dos benefícios ambientais, os ganhos sociais também são enormes, pois em cidades como Tacaratu, cuja economia era até então voltada para a agropecuária, agora é possível investir em novas frentes e empresas. Isso porque a operação dos parques eólicos e solares garante uma maior visibilidade e um valor agregado à atividade econômica da região, o que repercute na qualificação profissional e na oferta de serviços de apoio.