EPA MUSEUM VICTORIA Animal é carnívoro e come minhocas e larvas de inseto.

Em um planeta que conta com uma enorme biodiversidade, a todo momento uma nova espécie de animal é descoberta nos lugares mais distintos. Dessa vez, um grupo de cientistas descobriu uma nova espécie de rato na Indonésia.

Com nome científico Hyorhinomys stuempkei, mas também conhecido como rato-com-nariz-de-porco, o animal, que nunca havia sido documentado antes, tem características únicas e raras.

As suas narinas lembram as de um porco e ele também tem um rosto alongado e orelhas compridas para um rato. Além disso, o animal também tem pelos pubianos que são muito compridos, semelhante a outros mamíferos australianos.

Ainda há muito a ser descoberto

Pouco se sabe sobre o estilo de vida do roedor. Mas, segundo alguns estudos preliminares, o mamífero é carnívoro e alimenta-se, provavelmente, de minhocas e larvas de inseto.

De acordo com os dados oficiais do museu Victória, responsável pelo grupo, cinco desses roedores foram descobertos na ilha Sulawesi em janeiro por pesquisadores da Austrália, Indonésia e Estados Unidos.

Para os cientistas, essas descobertas não têm hora e nem lugar específico: acontecem quando menos se espera. Neste caso, um grupo havia saído a campo para pesquisar as montanhas afastadas da área e contextualizar a evolução na Ásia e na Austrália quando tiveram essa surpresa.

Novas espécies são descobertas regularmente

No ano passado, já haviam sido descobertos anfíbios e ratos sem dentes na ilha. Para os especialistas, há uma evolução morfológica acontecendo na região. Os ratos descobertos foram preservados e levados para um museu na Indonésia.

Já nesse ano foi divulgado um relatório que revelou o descobrimento de mais de 170 espécies nos últimos cinco anos no Himalaia, na região que compreende o Nepal, Butão, extremo norte de Mianmar, sul do Tibete e nordeste da Índia. Ao todo foram 133 plantas, 26 espécies de peixes, 10 novos anfíbios, um réptil, um mamífero e um pássaro.

Para a WWF, ONG focada na preservação ambiental, esses descobrimentos cada vez mais comuns provam que é preciso investir em iniciativas para proteger esses ecossistemas mais frágeis.