© Depositphotos.com / koi88 Energia solar vai abastecer espaços como moradia, estacionamento e hall das escadas.

Com a crescente expansão da energia solar e a busca incessante por alternativas mais sustentáveis em todo o mundo, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) da cidade de São Paulo abriu o mês passado uma licitação para o desenvolvimento do seu primeiro prédio residencial com geração de energia solar.

A produção de energia própria será feita através de placas fotovoltaicas, que proporcionaram descontos nas contas de energia dos apartamentos e do condomínio dos moradores. O conjunto que terá 62 moradias para famílias de baixa renda, será construído em Aparecida, na região de São José dos Campos.

Projeto piloto foi ponto de partida

A ideia de implementar energia solar nessas moradias surgiu do resultado positivo da experiência com projetos-piloto que a Companhia colocou em prática no começo do ano e distribuiu em 26 moradias do interior de São Paulo, com o objetivo de gerar energia limpa e criar um sistema de compensação na conta da rede de energia elétrica.

A energia é usada no consumo geral da moradia e não fica acumulada, o que faz com que o restante seja transportado para a rede de distribuição. Em função disso, o relógio de energia instalado gira para os dois lados, podendo registrar consumo ou geração de energia. No momento em que não houver a produção de energia solar, seja durante a noite ou quando os dias estiverem nublados, os apartamentos continuarão sendo abastecidos pela eletricidade da rede convencional.

João Carlos Meirelles, secretário estadual de Energia e Mineração, declarou ao site do Governo do Estado de São Paulo: “A população do Estado de São Paulo está introduzindo fortemente a energia solar fotovoltaica em suas residências e o projeto da CDHU traz esse benefício para a população de baixa renda, que terá o abatimento na conta de luz e colaborando com o meio ambiente.”

Além do projeto possuir um baixo custo de manutenção, para a produção de energia há variáveis de fornecimento pelos módulos fotovoltaicos e também pelo consumo das famílias, que dependem da angulação correta da casa em relação ao sol, ao clima e ao número de habitantes.

Início das obras deve acontecer ainda este ano

A expectativa é que o contrato seja assinado até setembro, após a licitação e a escolha da construtora que será responsável pelo desenvolvimento do projeto. Já a construção terá início em novembro, com um investimento de aproximadamente R$ 9,3 bilhões. A previsão é que seja gerado 50 kWh/mês por moradia, trazendo uma economia mensal para cada família de cerca de R$ 30.

Está prevista a instalação de 152 módulos de placas fotovoltaicas no telhado dos quatro blocos, que irão produzir em torno de 4.760 kWh/mês. Toda a energia gerada será distribuída pelas áreas comuns do condomínio, como a própria moradia, estacionamento, espaços de circulação e hall das escadas, o que vai ajuda-los a economizar no pagamento das duas contas.

Os apartamentos serão divididos em quatro pavimentos e mais um Centro de Apoio ao Condomínio (CAC). O local ainda vai contar com playgrounds para as crianças, paisagismo completo, mesas de concreto e bancos, além de toda a parte de infraestrutura básica: redes públicas e condominiais de energia, gás, esgoto e água (medição individualizada), sistemas de drenagem e telefonia.