Irrigação
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Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a lavoura, ou, mais precisamente, a irrigação do solo, consome aproximadamente 92% da água doce do planeta, cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estão produzindo um elemento capaz de tornar possível o plantio até em regiões áridas: a “Chuva Sólida”.

Popularmente conhecido como “água em pó”, o polímero, se misturado com a terra, pode armazenar 1 litro d’água a cada 10 gramas, liberando o líquido aos poucos. Basicamente, o produto permitirá que se economize grande quantidade de água potável e facilitará a criação e manutenção de plantações em áreas menos férteis.

Entre os pesquisadores, ainda existe certa resistência ao retensor de H2O, pois eles duvidam que a atuação do pó se prolongue por um ano sequer e questionam que, no caso de mau funcionamento ou desgaste, ocorra a sucção da água em suas proximidades. Entretanto, em 1970, já foi desenvolvida uma composição similar, trata-se de uma goma superabsorvente que foi incorporada a fabricação de fraldas.

água em pó
Foto: uirauna

Há dez anos, no México, curiosamente o engenheiro químico Sérgio Jesus Rico Velasco criou um material parecido com esta goma para ser utilizada no plantio. O produto já está disponível para os agricultores e tem a promessa de não ser tóxico, além disso, possui garantia de duração, de 8 a 10 anos. Estima-se que as plantações já adeptas da “Chuva Sólida” apresentem um aumento de aproximadamente 300% na produtividade das colheitas.

A empresa mexicana distribuidora da “água em pó” recomenda que sejam utilizados 50 kg por hectare, tal quantia, atualmente, custa cerca de R$ 3.500. Ou seja, enquanto a USDA aprimora o componente e os preços do fabricante latino ainda estão altos, é indicado que os cultivadores utilizem adubo com lascas de madeira, que é mais barato, e também visa a longevidade da irrigação e economia de água.