Fernando de Noronha, em Pernambuco, terá o 1º Laboratório de Economia Circular do Brasil, que será construído pela Ball Corporation, líder mundial de embalagens sustentáveis de alumínio. A entrega está prevista para o segundo semestre de 2022.

Nomeado como “Lab VADELATA Pelo Planeta”, o espaço será utilizado para promover a agenda ambiental, testagem e demonstração de novas tecnologias sustentáveis e de baixo carbono, além de reciclagem.

Modelo de reciclagem totalmente sustentável

O laboratório funcionará como ponto de coleta e pré-processamento de latas, com potencial de reciclar 50 toneladas de alumínio só no primeiro ano pós-pandemia.

Em um modelo inovador e totalmente sustentável, o projeto prevê a instalação de pontos de entrega voluntária para consumidores e grandes geradores de resíduos, como bares, hotéis e restaurantes; o lançamento de um aplicativo para agendamento de coleta; além do transporte das latas em ecobags retornáveis e veículos elétricos.

Foto: Exame

Após a coleta e pré-processamento em Noronha, o material será encaminhado à Planta da Ball, em Recife, para então ser redirecionado ao centro de reciclagem da Novelis, co-patrocinadora do projeto junto à AMA (água mineral da Ambev) e da Minalba. No local, o alumínio será 100% reaproveitado e transformado em bobinas para dar origem à novas latas que estarão em circulação em até 60 dias.

Espaço de reflexão e pesquisa

O prédio multiuso de 400 metros quadrados, que pode ser expandido até 800, conta com um projeto de arquitetura baseado nos conceitos mais atualizados em sustentabilidade ambiental e será uma referência para novos modelos de economia circular.

O laboratório também será dedicado à realização de diferentes atividades socioeducativas como palestras, cursos, exposições e salas de debate. Além disso, ele também será utilizado como base para pesquisas e demonstrações de novas tecnologias sustentáveis e de baixo carbono.

Dois exemplos são uma turbina eólica de baixa velocidade, cujas pás não colocam em risco a fauna, além de uma bateria de hidrogênio que utiliza ferro e hidrogênio na sua composição, ao invés do lítio, um metal raro. Ambas as tecnologias devem ser testadas no laboratório.

“Reduzir a quantidade de recursos gastos na gestão de resíduos sólidos é tirar da conta da administração pública esse custo e fazer não só com que a ilha use cada vez menos plástico, como possibilitar que esses recursos sejam reinvestidos na própria ilha. Quanto mais alumínio as famílias, os bares e os restaurantes utilizarem, mais benefícios terão de volta”, afirmou, Estevão Braga, Head de Sustentabilidade da Ball América do Sul, em entrevista à Exame.

Atualmente, Fernando de Noronha gasta 1 milhão de reais por mês com a gestão e o transporte de resíduos sólidos. Esse cenário deve mudar após o lançamento do primeiro laboratório de economia circular do país, dando ainda mais reconhecimento às ações sustentáveis do distrito, que já implementou um projeto-piloto de plástico zero e pretende zerar suas emissões de gases do efeito estufa até 2050. Que tenhamos em breve mais e mais laboratórios espalhados pelo Brasil!

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Fontes: Um Só Planeta | Pensamento verde | Exame | Folha de Pernambuco