Petróleo
Foto: agricultura.ruralbr

O modelo energético adotado pelos países industrializados e em desenvolvimento é baseado no uso de recursos não renováveis e poluentes, como o petróleo. A crise energética mundial ocorre justamente porque há escassez progressiva desses recursos e uma grande pressão para que as emissões de tóxicos na atmosfera sejam diminuídas.

Buscam-se alternativas para manter o abastecimento de energia no mundo sem prejudicar o ambiente e sem depender de recursos combustíveis de outras nações, que poluam e que possam extinguir-se.

Uma questão importante é quanto às reservas de petróleo que se concentram no Oriente Médio, uma zona de conflito. Isso é considerado uma grande ameaça ao abastecimento mundial de energia. Crises iniciadas pela alta de preços ou a falta de distribuição do petróleo já ocorreram algumas vezes em diversos lugares do mundo.

Desde 1973, quando ocorreram gradativos e ilimitados aumentos no preço do petróleo, formou-se um consenso global sobre a necessidade de produção de energia a partir de outras fontes. O mundo reagiu de diversas formas à falta do óleo. O Brasil, por exemplo, iniciou pesquisas que contribuíram para diminuir a dependência internacional, como a extração do petróleo em águas profundas, a criação de usinas hidrelétricas e nucleares e as pesquisas iniciais dos combustíveis renováveis.

Pioneiro na investigação e uso de combustíveis sustentáveis, o Brasil enfrenta outra questão que ameaça a produção de energia nacional: a má distribuição das matrizes energéticas, a falta de planejamento no setor e à ausência de investimentos em geração e distribuição de energia.

A crise energética brasileira ficou evidente em 2001, quando a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas – que supriam 90% da demanda nacional – fez com que faltasse energia. Apesar de utilizar uma fonte limpa de produção, o Brasil não havia planejado alternativas que permitissem distribuir energia em casos como este, principalmente com o crescimento substancial da demanda no país desde a construção dos reservatórios.

Para suprir a necessidade energética, o Brasil investiu na ativação de usinas termoelétricas movidas a carvão, óleo e gás, mas ainda não há produção suficiente, caso a falta de chuva persista e a água dos reservatórios continue diminuindo. Além disso, a necessidade de importar matéria-prima para gerar a energia nessas usinas cria um alto custo de manutenção, que pode ser repassado aos bolsos dos brasileiros.

Energia Elétrica
Foto: oestemais

Outro problema da crise de energia nacional é a distribuição. Apesar de produzir energia a todo o vapor, no Brasil, a estrutura que leva a energia de um ponto ao outro é antiga e possui falhas.

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que, atualmente, os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste estão no nível mais baixo nos últimos dez anos. No início de 2013, os reservatórios dessas regiões operavam com apenas 28,54% de sua capacidade. O mesmo problema ocorre no Nordeste.