iStock.com / TheSP4N1SH Grande crescimento populacional pode forçar a espécie ao canibalismo.

Os avanços do aquecimento global já não são novidade para ninguém há muito tempo. Com o passar dos anos, o planeta tem sofrido constantemente com a transformação da natureza e o desaparecimento de muitas espécies.

Mas, curiosamente, um grupo de investigadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, desenvolveu um estudo que identificou uma característica incomum – ao menos inexplicável pelos cientistas – na população de polvos e lulas, e que vai de encontro à realidade das outras espécies animais.

De acordo com a pesquisa publicada no jornal Current Biology, a população de cefalópodes tem crescido exponencialmente desde os anos 50. O motivo que desvenda este “fenômeno” é tido como um mistério ainda sem uma explicação concisa.

Os cientistas acreditam que o que pode estar causando esse efeito é o fato de os humanos estarem caçando muitos dos predadores que, por natureza, competem com os crustáceos pelo mesmo tipo de alimento. Outros fatores, como acidificação do oceano, sobrepesca e as alterações climáticas, também foram apontadas.

Entretanto, os investigadores alertam para os perigos do grande crescimento populacional da espécie – uma vez que, a falta de alimentos para todos os animais pode forçá-los a recorrer ao canibalismo.

Analisando este movimento iniciado há mais de 60 anos, importante destacar que, com a evolução dos cefalópodes, a espécie se tornou mais resistente ao aumento de temperatura dos mares em comparação aos outros animais marinhos. O grupo de cientistas pesquisam agora características comuns a outras espécies.