Mico-leão-dourado
Foto: khass2000

O Mico-Leão-Dourado também é conhecido como saguipiranga e sauimpiranga. O primata pertence à classe Mammalia, da família Callitrichidae. Seu gênero é o Leontopithecus e sua espécie é a rosalia.

O animal é encontrado somente na Mata Atlântica na parte da baixada costeira do Rio de Janeiro. Sua cor vibrante, com tons que variam do dourado ao vermelho-dourado, chama a atenção. De pequeno porte, o Mico-Leão-Dourado pesa cerca de 550 a 600 gramas na fase adulta e chega a medir aproximadamente 60 cm de comprimento.

Com hábitos diurnos, o primata vive em grupos familiares compostos por seis indivíduos em média, entretanto, esse número pode variar de 2 a 14 animais. Sua reprodução acontece uma ou duas vezes por ano, sendo de setembro a novembro e de janeiro a março. A gestação da fêmea dura 120 dias e, em geral, nascem dois filhotes. Tanto a fêmea quanto o macho dividem a tarefa na hora de cuidar dos recém-nascidos. Durante a noite eles procuram por ocos de árvores para se abrigar ou dormem em emaranhados de cipós e bromélias.

A sua alimentação é basicamente à base de frutos silvestres, pequenos vertebrados e, eventualmente, comem goma de algumas árvores.

Apesar de ser o símbolo da conservação ambiental no Brasil desde os anos 1970, o Mico-Leão-Dourado está na lista de animais ameaçados e corre sério risco de extinção. Além de ter que se preocupar com seus predadores naturais, como jiboias, gaviões, corujas e pequenos felinos, o animal tem que sobreviver à intervenção do homem. O primata foi escolhido como símbolo da conservação por conta da experiência bem-sucedida de proteção da biodiversidade brasileira. Com a ajuda da comunidade e de pesquisadores, sua população passou de 200 indivíduos na década de 1980 para aproximadamente 1.700 deles atualmente.

Mico leão dourado
Foto: 83713276@N03

A ocupação de forma irregular e a exploração excessiva dos recursos naturais da Mata Atlântica, seu habitat natural, estão contribuindo para o risco de desaparecimento da espécie. Atualmente, devido à extração de madeira, práticas agrícolas e a ocupação irregular reduziu o bioma Mata Atlântica a apenas 7% de seu território natural.

A redução desse espaço impede que os Micos-Leões-Dourados se movimentem livremente para buscar comida e procurar por novas áreas de ocupação. A caça ilegal é outra ameaça à sobrevivência desses primatas. Muitos desses bichos morrem antes mesmo de serem vendidos.

Para tentar salvar a espécie, o Laboratório de Ecologia e Conservação de Populações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LECP-UFRJ) realiza estudos na Reserva Biológica Poço das Antas desde 1995. Atualmente, existem 300 desses primatas vivendo ali.

Mico-Leão-Dourado
Foto: blogarcadenoe

Além dessa iniciativa, a ONG WWF, em parceria com outras instituições, reintroduziu com sucesso Micos-Leões-Dourados criados em cativeiro na natureza. A ação teve início nos anos 1980 e até o ano 2000 já haviam sidos soltos 150 animais na mata.

Porém, para que o Mico-Leão-Dourado saia da lista de animais ameaçados de extinção, pesquisadores afirmam que é preciso haver cerca de dois mil deles vivendo soltos em uma área de 25 mil hectares até o ano de 2025.