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Mata de Terra Firme. Foto: resolutiontweet

A região norte do Brasil possui biomas diversificados, envolvendo áreas de cerrado, campos e vegetação litorânea, entretanto seu clima é altamente influenciado pela floresta amazônica, representante de mais da metade da floresta remanescente em todo o mundo e também da maior concentração de biodiversidade. Ela abrange 80% da região norte do país, desconsiderando as áreas desmatadas. Ali o clima predominante é o equatorial, com muitas chuvas por ser um local quente e úmido. Sua amplitude térmica é muito baixa, ou seja, a variação entre a temperatura máxima e a mínima é reduzida devido à presença de calor e muita água.

Por possuir características vegetais que variam de acordo com a altitude do relevo, a Amazônia é classificada em quatro tipos: mata de igapó (do tupi “raiz de água”, situada em terrenos baixos e com espécies adaptadas a terrenos alagadiços), mata de várzea (florestas que se adaptam a planícies inundáveis sazonalmente), mata de terra firme (florestas densas e abertas em solos mais pobres, não adaptadas à inundação) e floresta semiúmida (vegetação de transição entre outros biomas).

Apesar do clima na região norte ser definido prevalentemente como o equatorial úmido, algumas áreas apresentam características climáticas bem diferentes, como o estado do Tocantins e partes do Pará e Roraima. Nestas regiões o clima identificado é o tropical, com duas estações bem definidas – uma chuvosa e uma seca – e o equatorial semiúmido – períodos curtos de seca, temperaturas elevadas durante todo o ano e nível de chuvas baixo, respectivamente. Já em regiões do Acre e Rondônia ocorre o fenômeno de friagem devido à atuação do La Niña, trazendo massas de ar frio vindas do oceano atlântico sul.

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Mata de Igapó. Foto: wikipedia

O clima e vegetação da região norte são interdependentes por causa da influência que um exerce sobre o outro: o clima influencia na floresta, porque as temperaturas são altas e há grande quantidade de chuvas; e a floresta, com a proliferação de diversidade de plantas, influencia no clima, em especial nos índices pluviométricos. Este fenômeno provém da transpiração das plantas, que geram gotículas de água sobre as folhas e então são evaporadas, favorecendo a formação de chuvas na região.

A observação das características físicas do local remete à demonstração de fatores condicionantes que resultam no clima e vegetação da região norte: a latitude e o relevo explicam a temperatura da região; a temperatura e os ventos explicam a umidade do local e o volume dos rios; o clima e a umidade, por sua vez, são os responsáveis pela mais rica e variada diversidade biológica da região.