istock.com / jat306 O processo de reciclagem das latas de alumínio são capazes de reduzir em 70% as emissões de CO² no meio ambiente.

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), juntamente com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), revelou o desempenho do País na reciclagem de latas de alumínio em 2016. De acordo com o levantamento, que levou em consideração 286,6 mil toneladas de latas disponíveis no mercado nacional, o Brasil reciclou 280 mil toneladas do material, alcançando um índice de 97,7% de reciclagem.

O coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da ABAL, Mario Fernandez, saudou os números e destacou a importância e a representatividade deles para a indústria, para a sociedade e para meio ambiente. Para se ter uma ideia, a coleta do material foi responsável por movimentar 947 milhões de reais na economia nacional, corroborando para a geração de renda e empregos para milhares de trabalhadores do setor.

“A lata de alumínio para bebidas, cujo consumo chega a 110 unidades por brasileiro, anualmente, responde por quase 50% do volume de sucata de alumínio recuperada no ano”, explicou o coordenador. Outro ponto importante do estudo é a estabilidade do índice próximo a 100% nos últimos 10 anos, o que evidencia o sucesso do modelo de reciclagem das latas e se destaca como um diferencial competitivo da embalagem com os outros materiais.

Não à toa, um relatório elaborado pela consultoria internacional de sustentabilidade Resource Recycling Systems (RRS), aponta que a lata de alumínio é a embalagem de bebidas mais reciclada em todo o planeta. Um dos fatores que contribuem diretamente para o atual cenário é o fato de que o ciclo de vida da lata de alumínio é de apenas 60 dias, desde o momento de descarte até o processamento em uma nova lata.

O ciclo de vida das latas pode também ser considerado como uma grande vantagem para o meio ambiente, já que o processo de reciclagem para obtenção de uma nova embalagem reduz em 70% as emissões de CO² e em 71% o consumo de energia, como afirma o estudo feito pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea).