Fonte: Huffingtonpost A quantidade de plástico despejada no oceano representa, em área, 34 vezes o tamanho da região americana de Manhattan.

Já é sabido dentro e fora do mundo científico que grandes quantidades do plástico produzido no mundo se direcionam aos oceanos e muitas vezes são engolidos pelos seres marítimos ou acabam se acumulando nas rochas no fundo dos mares. Hoje, essas quantidades de plástico começam a preocupar e são apontadas como um grande desastre ambiental.

Segundo matéria do site iflscience.com, somente em 2010, cerca de 8 milhões de resíduos de plástico entraram no mar, isso daria, em área, 34 vezes o tamanho da região americana de Manhattan.

O plástico é um material muito útil, mas também pode provocar um desastre ambiental. Ele foi introduzido pela primeira vez ao mercado de consumo nos anos 30, mas somente na década de 70 os estudos científicos começaram a relatar o problema da poluição de plástico no oceano.

Naquela época, os cientistas calculavam que cerca de 0,1% do plástico produzido globalmente era despejado no ambiente marinho. Hoje, de acordo com um novo estudo, sabemos que o problema é muito maior, com aproximadamente 4,5% do total da produção do mundo entrando no oceano.

Para a investigação, os cientistas reuniram dados internacionais sobre a produção de resíduos e sobre a gestão deles para calcular a quantidade de plástico produzido por 192 países costeiros do mundo. Em seguida, eles delinearam diferentes cenários possíveis para estimar a quantidade desses plásticos que poderia desembocar no mar.

Em 2010, os países pesquisados geraram impressionantes 275 milhões de toneladas de resíduos do material e, desse número alarmante, entre 4,8 e 12,7 milhões de toneladas acabaram derramadas no mar. Isso é até mil vezes mais do que a massa de plástico flutuante que os cientistas encontraram em nossos oceanos até então.

Os países campeões de despejo, curiosamente, não são os maiores produtores de plástico, isso porque em sua maioria são regiões em desenvolvimento que não conseguiram ainda desenvolver políticas ambientais mais severas, já que privilegiam outras áreas de gestão de resíduos como tratamento de água e esgoto.

Portanto, países mais ricos como os EUA prejudicam o ambiente na medida em que são grandes produtores de plástico, mas países ainda em desenvolvimento como a China acabam por serem os que mais despejam esses resíduos no oceano. Isso gera um prejuízo global onde todos são vilões.

Os cientistas concluem que fazer a total limpeza dos oceanos a essa altura é muito difícil e que a única forma de amenizar o problema é diminuir drasticamente a produção de materiais plásticos e repensar a forma como eles são consumidos.