O destaque internacional para os resíduos de plástico resultou em controles novos e mais rígidos em relação à sua exportação da União Europeia e do Reino Unido.

A infraestrutura de reprocessamento de plástico no Reino Unido vem crescendo bastante, e muitas empresas vêm se especializando em reciclagem para atender a demanda dos resíduos gerados na União Européia.

Isso segue a decisão da UE de impedir os países membros de exportar resíduos plásticos perigosos e difíceis de reciclar (conhecido como Y48) para nações que não fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso inclui todos os polímeros mistos, exceto PP, PE e PET. Com isso, as exportações da UE para alguns dos maiores países importadores de sucata de plástico do sul e sudeste da Ásia estão oficialmente proibidas. Esta é uma posição consideravelmente mais dura do que a atualmente adotada pelo governo do Reino Unido, que a partir de 1º de janeiro de 2021, exigiu que os operadores solicitassem consentimento prévio para enviar certos plásticos para países não pertencentes à OCDE.

De acordo com as novas regras, apenas resíduos de plástico recicláveis e “limpos” podem ser exportados de países da União Europeia para países não pertencentes à OCDE. Existem também medidas novas e mais rigorosas a serem aplicadas às exportações de resíduos plásticos da UE para os países da OCDE e aos movimentos dentro da própria UE.

Basicamente, a partir dessas mudanças, o destino dos plásticos reciclados nos países da União Europeia será monitorado para a prevenção de lixo acumulado na natureza.

Apenas alguns tipos de plástico que não entram nesse acordo e que podem ser reciclados facilmente em usinas locais.

Burocracia

Mesmo com essas medidas, o aumento da burocracia entre os países que recebem o plástico, já pode ser percebido. Em certas ocasiões, levam até três meses para colocar as notificações em dia, atrasando o processo de reciclagem deste material. Este método, também está prejudicando a confiança e a estabilidade com o temor de que novas remessas possam ser revertidas em trânsito ou rejeitadas pelas autoridades no país de destino, com o custo de repartir os resíduos recaindo sobre o exportador.

As exportações de baixo custo para a Ásia e o Sudeste Asiático significam historicamente que muito desse material que poderia ser reciclado nas instalações do Reino Unido acabou sendo enviado para todo o mundo.

O fechamento do acesso a esses mercados e o aumento da regulamentação poderiam, no entanto, tornar o Reino Unido mais atraente para as empresas de reciclagem e gerenciamento de resíduos da UE que buscam mercados sustentáveis para os plásticos provenientes de fluxos de resíduos, incluindo pequenos eletrodomésticos.

Também há temores de que os estoques de resíduos de plástico estejam começando a se acumular. O excedente deste material pode ser maléfico para a economia e para o meio ambiente.

Como uma nação insular, o Reino Unido desenvolveu a capacidade de exportação e logística mais respeitada do mundo. Empresas como a Enva agora podem aproveitar essa experiência para diminuir o risco da movimentação de material da UE para o Reino Unido.

Este serviço totalmente gerenciado pode incluir a produção de todas as notificações necessárias e papelada de exportação. Na verdade, a Enva já havia utilizado sua experiência para estabelecer uma série de rotas de exportação pré-notificadas antes das mudanças.

Isso permitiu que os clientes se beneficiassem de uma solução de retirada de material estável e consistente que percebe o valor comercial e ambiental dos resíduos que eles produzem.