Etanol
Foto: empregoemusina

Considerado a revolução na produção de biocombustíveis, o etanol de segunda geração (EG2), produzido a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, ganha espaço entre os pesquisadores. Com a forte demanda global por etanol, empresas estrangeiras e nacionais estão fechando parcerias para acelerar a produção em escala industrial.

No Brasil, a primeira indústria de etanol celulósico está prevista para inaugurar em 2014, em São Miguel dos Campos (AL). E em setembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 207,7 milhões para a construção de uma unidade de etanol de segunda geração em Piracicaba, interior paulista.

A nova tecnologia é vista por especialistas como um reforço para reduzir as importações brasileiras de gasolina, que vêm crescendo ano a ano, acompanhando o aumento da frota de automóveis.

O etanol de segunda geração é produzido a partir de celulose, com o uso de enzimas para a conversão do material em açúcares. As opções de matéria-prima que podem ser utilizadas no etanol de celulose são amplas: palha de cana, bagaço de cana, casca de arroz, palha de arroz, de milho, de trigo, de soja, de aveia, sabugo de milho, pé de bananeira, pó de serra e restos de madeira, capim elefante e outras biomassas. Porém, o grande desafio é reduzir os gastos com esse tipo de produção, já que o preço desse combustível é 40% maior se comparado ao produzido a partir do milho, fonte que domina o mercado de biocombustível americano.

Cana-de-açúcar
Cana-de-açúcar. Foto: upira

Atualmente, há poucas unidades em escala comercial no mundo, a maior parte concentra-se nos Estados Unidos. A Colômbia, um dos maiores produtores de banana do mundo, pretende aproveitar os troncos da bananeira, um resíduo agrícola gerado em abundância, para a produção de etanol.

Pesquisadores estimam que essa tecnologia pode aumentar em 40% a produção de álcool nacional apenas usando o bagaço da cana-de-açúcar, sem necessidade de expandir a área de plantação. Isso representa alternativa promissora por ser um combustível renovável e que não polui o meio ambiente, como os combustíveis fósseis que liberam gás carbônico para a atmosfera.