Nas últimas semanas, o grande alarde a respeito da Febre Amarela foi controlado por conta das diversas ações adotadas pelas autoridades para a vacinação de toda a população em regiões de risco. Os postos de vacina se organizaram e, com a entrega de fichas e agendamento de datas, as filas diminuíram consideravelmente e a situação pôde ser controlada.
Ainda assim, o panorama da doença ainda é preocupante em todo o País. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), só em Minas Gerais, estado que mais sofreu com o vírus da doença, a Febre Amarela já provocou a morte de cerca de 150 pessoas desde julho de 2017 até o fechamento do último boletim epidemiológico, apresentado na última semana.
Os dados da SES apontam que 446 casos foram confirmados, enquanto outros 567 continuam sob investigação no estado. Entre os confirmados, 86,8% (387) dos infectados são mulheres, sendo os outros 13,2% homens. Por outro lado, apenas dez das vítimas fatais eram do sexo feminino.
A maior preocupação da SES é o fato de que, do início do monitoramento até dezembro, nenhuma morte havia sido confirmada em todo o estado, concentrando todos os casos que levaram as vítimas a óbito entre o último mês de 2017 até o fechamento do boletim.
Com o controle da epidemia nas últimas semanas, a situação foi contida e o número de casos confirmados diminuiu expressivamente. Para se ter uma ideia, o índice de letalidade da Febre Amarela em Minas Gerais é, atualmente de 33,6%, enquanto a cobertura vacinal do estado está em 91,91%. Em janeiro, durante o auge da epidemia, os mineiros quase chegaram aos 50%, tendo Rio de Janeiro com 38,8% e São Paulo com 34,4% como outros líderes da estatística.
Por conta da queda e aparente controle do vírus, a SES confirmou que o boletim passará a ser divulgado quinzenalmente.
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