M. Kornmesser/ESO/Divulgação Cientistas precisam desenvolver nova tecnologia para explorar o local.

Foi anunciado por cientistas, no dia 24 de agosto, a descoberta de um novo planeta habitável, orbitando a estrela mais próxima do Sol.

Para chegar a essa conclusão foram necessários 16 anos de muito estudo no Observatório Europeu do Sul (ESO) e o envolvimento de mais de 30 cientistas. O planeta, batizado de “Próximo b”, está a 4,2 anos-luz de distância de nós (equivalente a 40 trilhões de quilômetros), é rochoso e sua massa é pelo menos 1,3 vezes maior que a da Terra. Além disso, ele gira em torno de uma estrela, chamada Próxima Centauri, descoberta em 1915.

O Próximo b foi definido pelos pesquisadores como um exoplaneta (todo planeta localizado fora do sistema solar), possuindo uma temperatura adequada para ter a existência de água e vida. Julien Morin, coautor do estudo e astrofísico da Universidade de Montepellier, na França, disse à AFP: “Finalmente conseguimos mostrar que um planeta com pouca massa, provavelmente rochoso, está orbitando a estrela mais próxima do nosso sistema solar.”

O mais engraçado é que, por estar próximo do Sol, ele deveria ser uma inabitável bola de fogo. Mas, devido ao fato de a estrela Próxima Centauri queimar a uma temperatura mais baixa, o novo planeta, assim como a Terra, está em uma zona chamada “cachinhos dourados”, onde ele não é tão quente para a água evaporar e nem tão frio que a congele.

Porém, apesar de todas essas descobertas que levam a crer que o planeta seja mesmo habitável, eles não conseguiram descobrir se o Próximo b possui uma atmosfera, pelo fato de ser impossível chegar até lá utilizando a tecnologia atual.

Um dos astrônomos que está envolvido com a pesquisa é o brasileiro Cláudio Melo. Ele explicou que agora os próximos passos são estudar essas questões sobre a atmosfera do planeta, a temperatura e buscar sinal de vida no planeta.

M. Kornmesser/ESO/Divulgação Planeta recém-descoberto gira em torno da estrela Próxima Centauri.