Os números são alarmantes: o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos em todo mundo, cerca de US$ 7 bilhões em movimentação financeira. Um bilhão de litros são utilizados nas lavouras anualmente.

Os danos à saúde aumentam a cada ano, os riscos causados pelo perigo silencioso – como é chamado popularmente – tem pouco espaço na mídia, principalmente pela guerra de interesse de grandes agricultores, políticos, etc., o que prejudica a fiscalização e controle dos poderes envolvidos na possível regulamentação dos produtos para tentar sanar a contaminação do meio ambiente.

Agrotóxico
Foto: docol

A falta de equilíbrio compromete a fiscalização da Anvisa sobre os produtos de fabricação caseira, impossibilitando a qualidade de vida do agricultor (o manipulador direto) que está exposto a mistura de composições químicas.

No momento em que a demanda de exportação aumentou agressivamente, foi colocado em prática as “superproduções” – que gerou um sistema agressivo para os pequenos agricultores que não têm um ritmo frenético de demanda e trabalham com o sistema manual e menos riscos para o meio ambiente – sem observar a qualidade de vida dos envolvidos nos trabalhos manuais e até mesmo nós os consumidores, será que o alimento que colocamos em nossa mesa está realmente saudável?

O aumento do consumismo é o principal motivo para que as empresas de agrotóxicos lucrem cada dia mais, o impulso da exportação brasileira também favorece o nosso crescimento econômico, mas será que só o lucro é o que importa? Até quando colocaremos o dinheiro em primeiro lugar, sem pensar na qualidade de vida?”

O Brasil utiliza aproximadamente 1.500 tipos de agrotóxicos, formulados a partir de 400 ingredientes ativos. As empresas interessadas em vender os agrotóxicos têm que passar por diversas legalizações nacionais. Existem produtos que são considerados ilegais por serem de fabricação caseira ou em laboratórios clandestino. A lei brasileira não autoriza a Anvisa a testar os produtos (como se faz no caso dos remédios) o que dificulta ainda mais o trabalho mais seguro dos agricultores e o consumo livre de substâncias nocivas para nós consumidores finais. Uma vez que a substância é liberada, tem validade eterna (no caso dos medicamentos são revisados e analisados a cada cinco anos).

Quando a ganância e a corrupção ainda falam mais alto na administração pública, fica difícil efetuar um trabalho competente. Os agrotóxicos conhecidos como Carbofuran e Paraquate (são utilizados na produção de soja) foram banidos em alguns países da Europa e Ásia, pois foi comprovado que o uso dessa substância trás riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

O aumento do consumismo é o principal motivo para que as empresas de agrotóxicos lucrem cada dia mais, o impulso da exportação brasileira também favorece o nosso crescimento econômico, mas será que só o lucro é o que importa? Até quando colocaremos o dinheiro em primeiro lugar, sem pensar na qualidade de vida?

A ganância é apenas uma das inúmeras atitudes negativas que está destruindo o meio ambiente.