Tendo em vista a crescente tendência de se incluir a preocupação com a sustentabilidade em empreendimentos de todo e qualquer porte, noções de urbanismo sustentável se tornam cada vez mais presentes nestes planejamentos.
No entanto, até que a prática do urbanismo sustentável seja adotada, certas barreiras precisam ser vencidas. A principal delas diz respeito à forma com que a arquitetura é pensada: precisa ser concebida de forma mais flexível e adaptável. Além disso, durante todo o processo de construção e manutenção de urbanismo sustentável, é preciso adotar esquemas de economia de energia.
Durante o planejamento de um empreendimento sustentável, também é importante que exista uma melhor seleção do material utilizado, optando sempre pelos que possuem menor impacto ambiental. Estes materiais, inclusive, devem facilitar a sua reutilização.
Trata-se de um desafio que precisa ser enfrentado por aqueles que buscam o crescimento por meio da construção civil. No entanto, também é necessário o auxílio de governos capazes de cooperar e gerir a administração destes novos conceitos. Um exemplo a ser seguido é a capital paranaense, Curitiba, que obteve o certificado de cidade mais sustentável do planeta, em 2010, graças a diversas iniciativas de sucesso no âmbito da sustentabilidade e, principalmente, no urbanismo, pois possui muitas áreas verdes e parques; 70% de todo o seu lixo é reciclado; o tráfego de automóvel diminuiu 30% nos últimos 20 anos mesmo com o aumento da população; e, segundo 99% de seus habitantes, é uma boa cidade para se viver.
Durante a construção, deve-se buscar ao máximo possível a redução dos resíduos e o devido tratamento da reciclagem. Materiais como PVC, CFC, HCFC e amianto devem ser evitados, pois são materiais que prejudicam a saúde do ser humano e do meio ambiente.
O urbanismo sustentável também prevê um uso mais racional da energia. É preciso utilizar fontes sustentáveis como as energias solar ou eólica. De todas conhecidas, estas são as fontes de energia que menos agridem o meio ambiente e oferecem um retorno positivo para a implantação do urbanismo sustentável.
Por fim, é possível buscar a priorização dos elementos naturais nas áreas externas do empreendimento de urbanismo sustentável. O tratamento de paisagismo pode contribuir para a preservação de espécies vegetais e animais nativas, indo desde a destinação de espaços adequados para se produzir alimentos, como oferecer local apropriado para compostagem de resíduos orgânicos.
A importância do urbanismo sustentável no Brasil se torna cada vez mais relevante dadas as estatísticas que são divulgadas neste âmbito. Mais da metade da população mundial vive nas cidades e este número deve passar para 2/3 em 2040. Todo este êxodo para as cidades salienta a importância da preocupação com o urbanismo sustentável.