Fonte: sustainablebrands.comA gravitylight é uma alternativa ecológica e financeiramente viável para regiões carentes.

Em muitas partes do mundo a energia elétrica e lâmpadas artificiais ainda são luxo. Por mais que pareça trivial, poder simplesmente tocar em um interruptor e ter luz é algo muito distante da realidade de populações carentes e que vivem em lugares afastados.

Uma equipe de engenheiros do Reino Unido acaba de criar um dispositivo que pode solucionar essas questões e melhorar em muito a qualidade de vida de milhões de pessoas. A GravityLight, nome dado a lâmpada que funciona apenas com a força da gravidade, é uma alternativa sustentável e financeiramente viável.

A lâmpada funciona como uma roldana. Só é preciso adicionar 12kg de peso a uma extremidade do cabo de talão – esse peso pode ser de um saco de arroz a algumas pedras, o que for acessível a quem for utilizar. Após adicionar o peso, é só levantá-lo junto do indicador luminoso ligado à outra extremidade.

O peso irá descer lentamente por conta da gravidade e esse movimento transformará energia potencial em energia cinética. Um pinhão e um polímero do trem de engrenagem, que fazem parte da lâmpada, irão se mover e acender o LED. Quando o peso chegar no chão será preciso repetir o processo, pois a luz se apaga. Cada puxão consegue gerar de 20 a 30 minutos de luz.

Agora a equipe se dedica a fazer um crowdfunding da segunda versão do GravityLight. O objetivo é arrecadar US $ 199,000 para o aprimoramento da tecnologia com a possibilidade de que a luz fique mais forte, dure mais tempo e seja mais fácil de utilizar.

A lâmpada será vendida por U$ 10. Esse preço já é mais barato do que as lâmpadas de querosene no Reino Unido e elimina os riscos de incêndio e de contaminação que o querosene traz. O benefício não para por ai, já que, após o investimento inicial, essas luzes deixam de dar gastos, pois só utilizam a força gravitacional para funcionar.

A GravityLight será destinada a famílias de países em desenvolvimento. Um dos primeiros locais em que a equipe pretende desenvolver fábricas é o Quênia, país que sofre com falta de energia. Desenvolver essa tecnologia em países em desenvolvimento contribui para a geração de emprego, para o acesso das famílias carentes ao benefício de maneira economicamente viável e para a preservação ambiental, já que é uma tecnologia limpa.